Biden e Putin farão reunião sobre tensões na Ucrânia
Casa Branca confirmou que o presidente dos Estados Unidos fará uma reunião virtual com o presidente russo, Vladimir Putin, na próxima terça, para discutir a crise
A Casa Branca confirmou neste sábado (4) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará uma reunião virtual com seu homólogo russo, Vladimir Putin, na próxima terça-feira (7), para discutir a crise na Ucrânia.
Um comunicado oficial dos dois governos apontou que o foco da videoconferência será a crise ucraniana, além de uma "gama de outros assuntos". As tensões entre os EUA e a Rússia cresceram devido ao aumento de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, que é visto como um sinal de uma potencial invasão.
Em novembro, Washington alertou a União Europeia sobre uma suposta tentativa de invasão coordenada pela Rússia à Ucrânia. O bloco enfrenta tensões com Moscou devido à crise migratória e problemas energéticos.
A Rússia, por sua vez, insiste em que os EUA garantam que a Ucrânia não será admitida na aliança militar da OTAN.
De acordo com uma fonte da Casa Branca, Biden aproveitará a reunião com Putin para expressar as preocupações do governo americano com a atividade militar russa na fronteira com a Ucrânia e o apoio dos EUA à soberania ucraniana e integridade territorial.
Mais cedo, o democrata já havia dito que não aceitará a "linha vermelha de ninguém". "Conhecemos as ações da Rússia há muito tempo e minha previsão é de que teremos uma longa discussão", afirmou Biden.
Segundo reportagem do "Washington Post", citando uma fonte sob anonimato, os planos russos preveem uma ofensiva militar contra a Ucrânia no início de 2022 com uma escala de forças em dobro da vista na primavera passada durante os rápidos exercícios russos perto das fronteiras ucranianas".
A expectativa é de que sejam mobilizados "100 grupos táticos, com um número estimado de até 175 mil soldados, junto com veículos blindados, artilharia e outros equipamentos".
No entanto, o governo americano estima que Moscou tenha atualmente 70 mil soldados perto da fronteira com a Ucrânia, contra os cerca de 94 mil informados por Kiev.