A Activision Blizzard enfrenta um processo na Califórnia por assédio sexual e discriminação. Agora, um ex-funcionário de tecnologia da informação da companhia confessou ter montado uma câmera embaixo da pia, apontando para um banheiro do escritório da empresa em Minnesota, em 2018, mostram os registros do tribunal.
Tony Ray Nixon confessou ser culpado de interferência com a privacidade, uma contravenção grave. Ele foi preso preventivamente, mas acabou violando a liberdade condicional e acabou recebendo o “tratamento de agressor sexual conforme as instruções”.
O ex-funcionário da Activision tinha a intenção de espionar os funcionários enquanto usavam o banheiro, segundo os registros judiciais. Ainda de acordo com os autos, um funcionário, anônimo, disse ter recebido um e-mail do departamento de recursos humanos informando que o dispositivo de monitoramento não autorizado havia sido instalado no banheiro unissex. A companhia fazia uma investigação interna.
Quando a polícia foi ao local, a gerência informou que um funcionário encontrou duas câmeras instaladas no banheiro, sob as pias. A gerência removeu os dispositivos e enviou para o escritório de Santa Monica, na Califórnia, para análise. Nas investigações, a polícia descobriu que Nixon comprava os cartões micro SD, baterias e câmeras à prova d’água.
O ex-funcionário admitiu que as câmeras capturaram as imagens, mas disse que apagaram os vídeos. Em resposta à revista Vice , a Activision Blizzard disse que removeu os dispositivos assim que o incidente foi relatado e notificou as autoridades.
“Assim que as autoridades e a empresa identificaram o autor do crime, ele foi demitido por sua conduta abominável. A empresa forneceu conselheiros de crise para os funcionários, no local e virtualmente, e aumentou a segurança”, completa a nota. Atualmente, a companhia é processada pelo estado da Califórnia por violar leis trabalhistas e servir como um “terreno fértil para o assédio”.
Riot Games também é processada
Outra desenvolvedora também foi processada pelo mesmo órgão que agora move a ação contra a Activision Blizzard. A Riot Games é processada por discriminação salarial, assédio sexual e retaliação. A ação legal foi tomada pela primeira vez por funcionários da companhia em 2018.