No último sábado (17), Martine Moïse a viúva do presidente assassinado do, Haiti, Jovenel Moïse, voltou a capital, Porto Príncipe, vestindo um colete à prova de balas para o funeral do marido.
Ela havia sido levada para um hospital em Miami, nos Estados Unidos após o atentado que matou o presidente em sua casa , na madrugada de 7 de julho. Com o braço direito apoiado em uma tipoia, Martine foi recebida pelo primeiro-ministro em exercício Claude Joseph, e não falou com a imprensa.
Joseph já declarou mais de uma vez que a justiça pelo assassinato de Jovenel Moïse será feita.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, um dia antes de Martine voltar ao Haiti, cerca de 40 pessoas se reuniram em Miami, em frente ao hospital onde ela estava sendo tratada, para demonstrar apoio. A maioria eram mulheres, vestiam azul, uma das cores da bandeira haitiana, e carregavam faixas com frases como "Cura para o Haiti".
O funeral do presidente assassinado ocorrerá na próxima sexta-feira (23), m Cap-Haitien, uma cidade histórica no norte do país. O mandatário foi morto a tiros dentro de casa. Muitos dos detalhes do ataque, porém, ainda permanecem um mistério.
A morte acirrou a crise política do país, que tinha no centro da disputa uma discussão sobre o término do mandato de Moïse. Ele foi eleito em 2015 e deveria ter tomado posse em 7 de fevereiro de 2016 para um mandato de cinco anos. Em meio a acusações de fraudes, porém, o pleito foi anulado e teve que ser refeito no ano seguinte. Durante esse período, o país foi comandado por um governo interino.