Os três estados no sul do Brasil registraram neve na segunda-feira e há previsão de mais flocos caindo na região nesta terça. No outro lado do mundo, porém, Estados Unidos e Canadá estão vivendo recordes de calor.
Por aqui, conforme o Climatempo, o frio intenso é resultado de alguns fatores: a posição de um ciclone que avança na costa, uma forte massa de ar frio que está sob o Paraguai e a combinação de muito frio e umidade, que pode gerar nuvens que provocam neve. Na América do Norte, o calorão é resultado de uma massa de ar de alta pressão que estacionou em grande parte da região.
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Nesta terça, a chance de neve ainda é alta não só para as regiões serranas gaúcha e catarinense, onde o fenômeno é mais comum. Há possibilidade de nevar até em cidades de menor altitude, como Gramado. No geral, segundo o Climatempo, a previsão é de neve no planalto e na serra do Rio Grande do Sul; na serra, planalto sul e planalto norte de Santa Catarina e também no sul do Paraná, em cidades como Palmas, General Carneiro e Pato Branco.
A quarta-feira (30) pode ser o último dia para aproveitar antes da mudança no tempo. O branco da geada deve dominar muitas áreas da Região Sul na madrugada e ao amanhecer e neve ainda poderá cair novamente nas áreas elevadas da serra gaúcha e catarinense. No decorrer do dia, porém, o ar frio e seco da forte massa de ar polar avança de vez do Paraguai para o interior da Região Sul e vai dissipar a nebulosidade. Assim, o céu ficará cada vez menos encoberto e já não haverá condições para nevar.
'Onda de calor extraordinária'
No Hemisfério Norte, meteorologistas apontam que as ondas de calor não são raras, mas o clima recente tem poucos precedentes. De acordo com o jornal New York Times, medições feitas nos últimos 40 anos pelo Instituto de Meteorologia dos Países Baixos mostram que o calor não foi apenas generalizado, mas também intenso.
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Em Vancouver e Colúmbia Britânica, no Canadá, as temperaturas do fim de semana foram cerca de 10 graus mais altas do que o máximo já registrado. Em Seattle, nos EUA , houve apenas dois outros dias nos últimos 50 anos com temperaturas próximas das atuais: em 2009 e 1994.
"Podemos dizer que as condições meteorológicas extremas são mais recorrentes conforme as mudanças climáticas. Esta onda de calor é extraordinária, mas é provável que seja a última", ressaltou Erica Fleishman, diretora do Instituto de Pesquisas sobre Mudanças Climáricas da Universidade do Estado de Oregon.
O calorão já diminuiu nas cidades costeiras, por conta do fenômeno "empurrão marinho", quando o ar mais frio sopra do Pacífico. No interior, porém, as temperaduras altas devem permanecer. O leste de Washington, nos EUA, pode ultrapassar os 47 graus nesta terça-feira, o que seria recorde para o estado. Nas próximas duas ou três semanas, as temperaturas devem se manter de 10 a 15 graus acima do normal.