O mandado de prisão foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e Rocco foi acusado de integrar organizações criminosas e narcotráfico
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O mandado de prisão foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e Rocco foi acusado de integrar organizações criminosas e narcotráfico

A representação da Interpol em João Pessoa, composta por policiais federais brasileiros, prendeu na segunda-feira Rocco Morabito , que integrava a lista de criminosos mais procurados da Itália desde 1994. Ele foi detido em um hotel no bairro Tambaú, na companhia de outros dois estrangeiros. De acordo com a agência Ansa, um deles é o italiano Vincenzo Pasquino, que também fazia parte da lista de mais procurados.

Em 2017, Morabito foi preso no Uruguai, mas escapou da prisão dois anos depois, enquanto aguardava a extradição para a Itália , onde foi condenado a 30 anos de prisão. Na época, na companhia de outros três internos, conseguiu fugir por um buraco no telhado da prisão. Segundo o jornal Corriere della Sera, 15 policiais foram investigados por favorecerem a saída do preso e o escândalo levou à renúncia do chefe do sistema carcerário.

Conhecido como o "rei da cocaína em Milão", o criminoso de 54 anos faz parte de um grupo mafioso denominado 'Ndrangheta, que controla o fornecimento de grande quantidade de cocaína enviada principalmente para a Europa e a América. No início deste ano, centenas de membros suspeitos do mesmo grupo foram a julgamento, o maior há décadas na Itália.

Há registros da atuação de Morabito no tráfico de drogas entre Brasil e Europa desde a década de 1990, conforme investigação realizada na época, no âmbito de Operação denominada "King" (rei, em inglês). Ações mais recentes da PF também indicaram a relação das atividades da 'Ndrangheta com organizações criminosas brasileiras.

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Natural de Africo, na província de Reggio Calabria, o italiano deve responder pelos crimes de associação criminosa e tráfico de drogas. Estava atrás apenas de Matteo Messina Denaro na lista de fugitivos mais procurados do país europeu.

A prisão no Brasil foi uma colaboração internacional de autoridades italianas, dos EUA e brasileiras. De acordo com a PF, uma equipe de policiais italianos do Escritório Central da Interpol em Roma, que participou da investigação, e dos Carabinieri, as Forças Armadas da Itália, chegou ao Brasil no domingo ante a perspectiva de que a prisão fosse realizada.

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