O novo primeiro-ministro da Itália, Mário Draghi , tomou posse neste sábado (13), fazendo juras de lealdade a população. Em sua primeira decisão no cargo, Draghi nomeou políticos e técnicos para compor ministérios. O mais importante deles, a pasta econômica, foi ocupada pelo vice-presidente do Banco Central da Itália , Daniele Franco.
Mário Draghi substitui Giuseppe Conte , que deixou o cargo em fevereiro . Após a proposta feita pelo presidente Sergio Mattarella , o primeiro-ministro conversou com políticos e autoridades italianas e conseguiu apoio da maioria dos parlamentares. O maior partido de centro-esquerda, Partido Democrático, o de extrema-direita, Liga, e o partido Força Itália, de Silvio Berlusconi
Objetivo: Recuperar a Itália
Draghi assume o cargo de articulador político com o desafio de recuperar o país após semanas de instabilidade. Após a saída de Conte, a Itália passou por dias de incertezas econômicas, enquanto isso, os casos de Covid-19 cresceram no país.
Em 2020, os italianos contraíram dívidas que superam a marca de 158% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, para agilizar o processo de vacinação contra o coronavírus. A União Europeia , para colaborar na retomada econômica do terceiro maior país da zona, depositou 200 bilhões de euros nas contas do governo italiano.
O novo primeiro-ministro também será desafiado a encontrar alternativas para reduzir o número de casos e mortes por Covid-19 na Itália. O país, que sofreu com a série de infecções no começo do ano passado, está próximo de atingir a marca de 100 mil mortos em decorrência da doença. Uma das opções, é continuar acelerando o processo de imunização sem atingir de forma intensa os cofres públicos.
Na pauta do governo ainda estão negociações para projetos ligados à Justiça, educação e Reforma Burocrática . Na tentativa de recuperar a situação econômica do país, Draghi precisará articular com congressistas para aprovar as matérias econômicas até o começo do segundo semestre deste ano.
Quem é Mário Draghi
Mário Draghi, 73 anos, é economista e banqueiro, ex-presidente do Banco Central Europeu , entre os anos de 2011 e 2019. Anteriormente, foi presidente do Banco da Itália de 2006 a 2011.
Em 1984, assumiu a diretoria-executiva do Banco Mundial, cargo que ocupou até 1990. No ano seguinte, entrou na diretoria-geral do Tesouro Italiano , ficando conhecido por rever práticas societárias e financeiras do país.