Nesta terça-feira (29), o primeiro-ministro do Líbano , Hassan Diab , afirmou que a explosão do dia 04 de agosto no porto de Beirute foi causada por 500 toneladas de nitrato de amônio . A declaração de Diab foi feita citando os resultados de uma investigação do FBI , a Polícia Federal dos Estados Unidos. As informações são da agência de notícias AFP .
No dia da tragédia , o primeiro-ministro disse que, durante anos, foram armazenadas 2,75 mil toneladas de nitrato de amônio "sem medidas de precaução" em um armazém do porto. Porém, os especialistas estimavam que a quantidade deste produto de alto risco que pegou fogo era menor.
Embora as autoridades libanesas tenham rejeitado os pedidos de uma investigação internacional, permitiram que investigadores franceses e do FBI participassem nas investigações preliminares no local.
"O relatório do FBI revelou que a quantidade que explodiu foi só de 500 toneladas", disse Hassan Diab em uma reunião com jornalistas. E questionou: "para onde foram as outras 2,2 mil toneladas?". A AFP
afirmou não ter tido acesso ao conteúdo do relatório do FBI.
Após quase cinco meses da explosão, a investigação continua estagnada, e a população ainda espera pela causa do incidente, para que os responsáveis sejam punidos. De acordo com a agência, muitos líderes, incluindo o presidente Michel Aoun e o primeiro-ministro, foram avisados oficialmente sobre o perigo que a presença de nitrato de amônio no porto representava.
Diab e mais três ministros foram acusados no dia 10 de dezembro de "negligência e de provocar centenas de mortes".