Nesta quarta-feira (2), a Comissão de Drogas Narcóticas da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a reclassificação da maconha e da resina derivada da cannabis para uma categoria de substâncias consideradas menos perigosas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). As informações são do G1 e do jornalista Jamil Chade .
Antes, a maconha estava na mesma lista de substâncias como a heroína, "particularmente suscetíveis a abusos e à produção de efeitos danosos" e "sem capacidade de produzir vantagens terapêuticas".
Com a reclassificação, a cannabis está na mesma categoria de entorpecentes como a morfina. Nesse caso, ainda é recomendado o controle, mas entende-se que há um menor potencial danoso.
A decisão da ONU segue uma recomendação da OMS e teve a aprovação de 27 países. Entre eles, Uruguai, Colômbia, Equador, México, Estados Unidos, Canadá e parte da Europa.
Outros 25 votaram contra, incluindo o Brasil , e houve uma abstenção. Países como a China, o Egito, a Rússia e a Turquia também foram contrários à reclassificação.
Steve Rolles, analista político da Transform Drug Policy Foundation, defende que a mudança representa o fim de uma classificação mais proibitiva e "é o reconhecimento de que [a maconha] tem uso médico".
"Isso vai facilitar acesso a remédios e pesquisa", disse ele. Rolles entende também que a decisão corrige um "erro histórico", tomado há 60 anos.