A Casa Branca, sede do governo norte-americano, recebeu um envelope contendo uma substância química letal, interceptado pelo serviço postal, revelou neste sábado (19) o jornal The New York Times
. Segundo a publicação, fontes do FBI confirmaram a presença de ricina no interior do envelope. A substância de origem vegetal pode ser extraída naturalmente da mamona, é letal e considerada uma arma química.
Endereçada ao presidente norte-americano Donald Trump , a correspondência foi interceptada pelo serviço postal antes mesmo de chegar à sala de correio da Casa Branca , e não há confirmação sobre pessoas que possam ter tido contato com a substância letal, para a qual não há antídoto. No Texas, agências do governo Trump receberam cartas semelhantes. O ex-presidente Barack Obama também já foi destinatário de uma correspondência com potencial letal, mas à época a carta foi interceptada pelo serviço de controle de postagens do Capitólio.
Não foi revelada a data do episódio, e investigadores seguem em busca do remetente, possivelmente localizado no Canadá, segundo as atuais informações. O FBI garante que "não há ameaça ao público", mas trabalha para descobrir se outras correspondências similares foram enviadas para a Casa Branca ou outros endereços de figuras públicas.
A ricina , substância presente na correspondência, é listada como arma química pela Convenção de Armas Químicas, de 1997. Ela é apontada como menos letal do que outras substâncias como os gases sarin e soman, mas ainda assim pode causar a morte. A Casa Branca ainda não comentou o caso.
Trump já havia sido alvo de um potencial envio de correspondência com ricina. Em 2018, foi enviada ao Pentágono uma carta contendo traços da substância e tinha o presidente entre os destinatários.