Tedros Adhanom
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Tedros Adhanom

Nesta sexta-feira (11) completam 6 meses desde que a Covid-19 passou a ser considerada uma pandemia. Nesse momento, o maior desafio enfrentado é a falta de solidariedade, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (10).

— Quando falta solidariedade e quando estamos divididos, é uma oportunidade muito boa para o vírus, e é por isso que ele ainda está se espalhando. É o que me preocupa e o que peço ao mundo para fazer [ser solidário]. Claro que existem bons sinais, mas não é suficiente. Um deles é o encontro do conselho do ACT Accelerator que tivemos nesta manhã. Mas a falta de solidariedade ainda é o maior desafio — disse.

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Tedros afirmou que, desde o início da pandemia, diversos testes para a Covid-19 foram produzidos e 180 vacinas estão sendo testadas, incluindo 35 que estão na fase de testes com humanos. A dexametasona foi comprovada como um medicamento eficaz para casos graves, e outros estão sendo testados. Agora, a ambição do mundo para desenvolver essas ferramentas o mais rápido possível deve ser investida para que o maior número de pessoas tenha acesso a elas, disse ele.

— Em abril, lançamos o ACT Accelerator, mas ele não vai ser capaz de atingir seus objetivos sem uma grande participação no financiamento. Os 2,7 bilhões de dólares recebidos hoje foram generosos e permitem começar, mas é menos de 10% da necessidade total. O ACT ainda enfrenta uma lacuna de financiamento de 35 bilhões de dólares — afirmou.

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O diretor-geral da OMS destacou, ainda, que acordos bilaterais de vacinas e o nacionalismo da vacina podem comprometer o acesso equitativo e reter o progresso para que todas as nações cheguem ao fim da pandemia.

Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

Na mesma coletiva, Tedros destacou que nesta quinta-feira é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Ele afirmou que a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio no mundo e que o problema afeta a todos, independente do gênero, idade ou status social. De acordo com o diretor-geral da OMS, o suicídio é a segunda principal causa de mortes entre pessoas de 15 a 29 anos.

Muito pode ser feito para reverter o cenário. A nível nacional, Tedros afirmou que todo país deve ter uma estratégia abrangente e multissetorial de prevenção. Restringir acesso a meios como pesticidas e armas de fogo, desenvolver habilidades para que as pessoas possam lidar com estresse e fazer a identificação antecipada, oferecendo acompanhamento para pessoas em risco, também foram recomendações.

— A nível individual, podemos ajudar a reduzir o estigma. Se você conhece alguém que pode estar pensando nisso, ofereça ajuda. E se a vida parecer muito difícil e você não souber como seguir, encorajo que peça ajuda — disse ele.

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