Na última terça-feira (08), o Reino Unido anunciou a suspensão dos testes da vacina da Universidade de Oxford . Nesta quarta-feira (09), a Rússia defendeu a segurança de seu imunizante, a Sputnik V , ante os concorrentes e anunciou um acordo para fornecer 32 milhões de doses da vacina ao México . Isso equivale a 25% da população do país latino.
Kirill Dmitriev , responsável pelo fundo soberano de investimento na vacina russa , declarou que não comentaria a paralisação dos testes em Oxford . Todavia, pouco tempo depois, ele republicou uma crítica que fez a laboratórios que utilizam "tecnologias não comprovadas" para estimular uma resposta imune.
O imunizante britânico faz uso de adenovírus de macacos para levar código genético do Sars-CoV-2 ao paciente e estimular uma resposta. Já o produto russo, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, utiliza dois adenovírus humanos - prática mais aceita -, o Ad5 e o Ad26, em doses distintas.
Segundo a The Lancet , os russos acreditam que essa escolha lhes deram vantagem na corrida pela imunização mundial.
Vacinas da Rússia no México
A previsão é de que as entregas comecem a ser feitas em novembro de 2020, caso as autoridades locais aprovem a vacina . A distribuição vai ser feita com a farmacêutica mexicana Landsteiner Scientific.
Os russos dizem que 40 países já os consultaram sobre a vacina. No Brasil, há um acordo para testagem a ser realizada no Paraná com o governo do estado, e a Bahia também está fechando arranjo semelhante.