Laísa Bonafim Negri foi contratada como pesquisadora para estudar a vacina da Covid-19
Arquivo pessoal
Laísa Bonafim Negri foi contratada como pesquisadora para estudar a vacina da Covid-19

Nascida em Bauru, no interior de SP, Laísa Bonafim Negri, de 33 anos, é farmacêutica bioquímica e doutora em Ciências pela USP . Capacitada, a pesquisadora brasileira faz parte de um grupo seleto que está realizando estudos para desenvolver a vacina da Covid-19 em Boston, nos Estados Unidos. 

Em 2017, a paulista teve a oportunidade de fazer um ano do doutorado na Escola de Medicina de Harvard e, após defender sua tese já no Brasil, em 2019, ela foi convidada para voltar aos EUA para fazer pós-doutorado e foi contratada como pesquisadora no Massachusetts General Hospital, unidade de saúde afiliada à Universidade de Harvard .

Laísa conta que inicialmente iria trabalhar em um projeto na área de doenças infecciosas e naquele momento ainda não se falava em Covid-19 . Ela chegou com o marido em Boston no começo da pandemia do novo coronavírus (Sars-coV-2).

“Eu cheguei aos Estados Unidos em março de 2020, poucos dias antes do fechamento das fronteiras no país por causa da pandemia e o cenário começou a mudar, infelizmente para pior. Como eu já estava inserida no Centro de Vacina e Imunoterapia do hospital, passei a participar com esse grupo dos estudos por uma vacina de prevenção à Covid-19”, disse ela.

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O grupo de cientistas, liderado pelo diretor do centro, Dr. Mark Poznansky, e pelos pesquisadores Dr. Patrick Reeves e Dr. David Gregory, é formado por 15 pessoas e os estudos estão na fase de testes em animais.

“Nesse momento estamos testando a vacina em um modelo animal. Os estudos preliminares se mostraram promissores e a ideia agora é repeti-los em um número maior de animais, se tudo der certo, os testes vão ser feitos em macacos e, após essa fase se o FDA [órgão de fiscalização de medicamentos nos EUA] aprovar terão início os testes clínicos em humanos”, analisou Laísa.

A pesquisadora destaca que ainda existe um longo caminho para percorrer para que essa vacina possa a vir a ser produzida em larga escala. “Para nós pesquisadores garantirmos a segurança da população e a eficácia de um medicamento ou vacina, a ciência é divida em etapas e para o desenvolvimento total, do laboratório até a comercialização, normalmente demora uns 10 anos, envolvendo tempo e dinheiro. No caso da Covid-19, os pesquisadores estão tentando transformar esses 10 anos em seis meses a um ano, realizando essas etapas em paralelo buscando garantir essa mesma segurança”, declarou. Esta matéria contém informações do G1 .

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