A Alemanha registrou 1.707 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, no maior número de contaminações desde abril, segundo os dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (20).
Conforme informações do Instituto de Observação Epidemiológica RKI, que contabiliza 228.621 infecções pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) desde o início da pandemia, os números atuais mostram uma aceleração da doença, em um perfil semelhante ao registrado no fim do mês de abril.
À época, a Alemanha vivia o ápice da pandemia . No entanto, os dados ainda estão menores do que os contabilizados no início daquele mês, que chegaram a bater as seis mil contaminações diárias. O lado bom é que, mesmo com o avanço dos casos, as mortes estão controladas - foram 10 nas últimas 24 horas, elevando o total de vítimas para 9.258.
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A chanceler Angela Merkel havia comentado nesta quarta-feira (19) que, com o avanço da doença, o governo defende que não haverá novas flexibilizações por conta da situação sanitária. "É uma evolução que não deve continuar, pelo contrário, é preciso cortá-la", acrescentou.
A mesma situação vem sendo enfrentada pela França, que vem batendo recordes e que apresenta números ainda maiores do que os alemães. Nesta quarta-feira, o país informou 3.776 novas infecções - após dias na casa das mais de duas mil contaminações diárias.
Questionado sobre a situação sanitária, o presidente Emmanuel Macron descartou, no entanto, um novo lockdown nacional porque "haveria efeitos colaterais consideráveis". Em entrevista ao "Paris Match", no entanto, o mandatário defendeu o uso de "estratégias localizadas", como ocorreu em Mayenne, para impedir que surtos localizados se espalhem.
"Esse tipo de ação local pode levar a um reconfinamento seletivo que poderá ser instituído se a situação o impuser", disse à publicação ressaltando que o governo entende a "ansiedade" da população, mas que a regra de "usar máscara, ter distanciamento físico e fazer higiene das mãos" é fundamental.
Conforme dados do Centro Universitário Johns Hopkins, a França contabiliza 256.534 casos da doença e 30.434 mortes.