O Reino Unido anunciou, nesta segunda-feira (20), a assinatura de dois acordos para assegurar a compra de mais 90 milhões de doses de duas vacinas , que ainda estão em desenvolvimento, contra a Covid-19.
Um dos acordos assegura a compra de 30 milhões de doses da vacina que está sendo desenvolvida pela aliança entre a Pfizer e BioNTech . O outro, de 60 milhões de doses, foi assinado com o laboratório francês Valneva — com a opção de ampliar a compra em mais 40 milhões.
As duas novas aquisições se juntam ao acordo assinado há algumas semanas com o grupo britânico AstraZeneca por para a compra de 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford , que, até o atual momento, é considerada a vacina mais promissora.
O total de doses de vacinas adquiridas de forma antecipada excede
a população britânica em 66 milhões de pessoas. Entretanto, ainda não se sabe se as vacinas serão eficazes, tampouco quantas doses serão necessárias para que o efeito necessário seja atingido.
O Reino Unido tem, agora, um acesso mais seguro a três vacinas
contra a Covid-19", que "dão ao país a possibilidade de ter acesso a uma vacina segura e eficaz o mais rápido possível", disse um comunicado do governo.
"Este novo acordo com essas empresas farmacêuticas líderes permitirá que o Reino Unido tenha as melhores possibilidades de obter uma vacina que proteja os mais expostos", afirmou o ministro britânico dos Negócios, Alok Sharma.
No início da pandemia, a atuação do governo britânico foi muito criticada pela opinião pública. Em abril, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou a criação de uma "força-tarefa" para acelerar os esforços de produção de uma vacina.
Foi aberto um registro de voluntários para participarem dos testes de vacinas, na esperança de conseguir 500 mil participantes até outubro. Além disso o governo assinou um acordo com a AstraZeneca para desenvolver um tratamento com anticorpos para pessoas impossibilitadas serem vacinadas devido a outras doenças.