Um laboratório de virologia de Wuhan (China), o epicentro do surto da Covid-19 na Ásia, estava trabalhando com algumas espécies de coronavírus de morcegos, mas nenhum deles corresponde ao Sars-CoV-2, causador da síndrome respiratória Covid-19.
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A diretora do instituto de virologia de Wuhan, Wang Yanyi, afirmou à emissora chinesa CGTN que os vírus de morcego de sua pesquisa eram apenas 79,8% semelhantes ao Sars-CoV-2. Segundo Yanyi, as acusações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que o vírus teria vazado de um laboratório são falsas.
“Nosso instituto recebeu a notificação de que uma pneumonia desconhecida se espalhava no dia 30 de dezembro do ano passado. Não tínhamos o menor conhecimento. Não encontramos ou fizemos pesquisas sobre o vírus. De fato, como todo mundo, nem sabíamos que o vírus existia. Como ele poderia vazar de um laboratório que nem sabia de sua existência?”, disse a diretora.
A comunidade científica mundial rejeita a teoria de que o vírus causador da pandemia teria saído de um laboratório, apesar das acusações diplomáticas. Os Estados Unidos acusaram a China de irresponsabilidade, enquanto países como a Austrália conduzem investigações independentes sobre a origem do novo coronavírus.
Trump e seu secretário de estado, Mike Pompeo, já afirmaram que há muitas evidências que ligam o vírus ao laboratório de Wuhan. Após tensões, Pompeo voltou atrás com a palavra. Em entrevista para o site de notícias Breibart, o secretário de estado afirmou que os EUA sabem que o vírus veio de Wuhan, mas ainda há incertezas sobre a verdadeira origem.
Segundo a comunidade científica, o novo coronavírus teria migrado de animais para seres humanos no mercado de animais silvestres de Wuhan. Um estudo de virologia de 2007 já afirmava que a manipulação de animais no interior da China era “uma bomba-relógio” para novas pandemias.