Vaticano, Basílica de São Pedro
Divulgação/Ansa
Vaticano, Basílica de São Pedro


Em meio à pandemia do novo coronavírus, a Santa Sé reiterou nesta terça-feira (19) o pedido do papa Francisco para que todas as pessoas atingidas pela Covid-19 em todo o mundo não sejam esquecidas. Durante reunião por videoconferência da 73ª Assembleia Mundial da Saúde em Genebra, o arcebispo Ivan Jurkovic, representante permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas ( ONU ), reforçou que a emergência internacional coloca a humanidade diante de uma situação sem precedentes na história. Segundo o religioso, agora, mais do que nunca, há uma necessidade de interdependência entre as nações e a consideração da saúde como um bem primário a ser protegido por meio de ações coordenadas em nível global.


Jurkovic recordou o desejo repetidamente feito pelo Papa de não abandonar as pessoas mais vulneráveis que vivem nas periferias do mundo. A pandemia atual pode piorar as regiões "já afetadas por situações de emergência", fome e instabilidade.


O arcebispo ainda destacou a contribuição da Igreja para essa "resposta global" necessária para enfrentar a Covid-19: os 5 mil hospitais de inspiração católica e os mais de 16 mil dispensários pertencentes à Igreja Católica que estão oferecendo incansavelmente " assistência médica a todos, especialmente às pessoas pobres e marginalizadas, e acesso a cuidados médicos e medicamentos".

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Além disso, o representante permanente da Santa Sé na ONU recordou "muitas ordens religiosas, paróquias e sacerdotes" na linha de frente do enfrentamento da pandemia e o compromisso da Santa Sé de contribuir com o Fundo de Emergência da OMS "para o fornecimento de equipamentos de proteção individual aos agentes de saúde" envolvidos na luta contra o novo coronavírus.
Na reunião, a Santa Sé também expressou seu agradecimento pelo compromisso da Organização Mundial da Saúde em dialogar com os líderes religiosos, a fim de "garantir que as celebrações e reuniões sejam realizadas em conformidade com as medidas de saúde necessárias".

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O Vaticano demonstrou total apoio ao apelo do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, por um "cessar-fogo global imediato em todos os cantos do mundo" a fim de facilitar o acesso à ajuda humanitária , com especial atenção aos que estão em condições vulneráveis. Desta forma, Jurkovic lembrou o apelo do Papa Francisco para facilitar as sanções internacionais, reduzindo, se não até mesmo perdoando, a dívida pública, para que cada Estado esteja em condição de enfrentar a emergência e tratar seus cidadãos.


Por fim, ele recomenda que a união das habilidades científicas para que, de maneira transparente e desinteressada, sejam encontradas vacinas e tratamentos necessários para tratar os doentes em todas as partes do mundo. (

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