O presidente da China, Xi Jinping, disse que seu país apoiaria uma "revisão abrangente" da pandemia de Covid-19 após o surto ser controlado. Xi, falando por videoconferência na abertura da Assembléia Mundial da Saúde, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), enfatizou que a investigação deve ser conduzida de "maneira objetiva e imparcial".
Segundo reportagem do The Guardian, Pequim doaria US$ 2 bilhões
à Organização das Nações Unidas (ONU) para ajudar na resposta global ao surto. "Desde o início, agimos com abertura, transparência e responsabilidade", afirmou.
Esperava-se que as tensões diplomáticas dominassem o encontro mundial, que começou nesta seguda-feira (18) e deve durar dois dias. Mais de 120 países apoiaram um projeto de resolução co-patrocinado pela União Europeia e pela Austrália, pedindo uma investigação sobre as origens da Covid-19. A resolução não nomeia especificamente a China, mas países como os EUA acusaram Pequim de suprimir informações sobre o vírus.
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Pequim criticou essas ligações como uma tentativa
de culpar ou politizar um problema de saúde global. Os comentários de Xi ecoam as declarações anteriores de Pequim de que o foco da comunidade internacional deve estar na cooperação e na interrupção do vírus. Em entrevista à imprensa na segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, descreveu uma investigação sobre as origens do vírus como "prematura".
A China reagiu furiosamente ao pedido anterior da Austrália de uma investigação independente. O governo australiano reivindicou a resolução como uma vitória, apesar das sugestões de que ela havia sido "diluída".
Em comunicado, o ministro da Saúde da Austrália, Greg Hunt, disse estar satisfeito com o apoio a uma "avaliação imparcial, independente e abrangente da resposta global".