A saída repertina de Nelson Teich do Ministério da Saúde tomou proporções internacionais nesta sexta-feira (15). A imprensa estrangeira repercute a perda do segundo ministro da pasta em menos de um mês, em plena pandemia de Covid-19.
Teich sucedeu o médico Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido após desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro, em abril. Seu afastamento ocorre na semana em que o Brasil superou França e Alemanha no número de infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), de acordo com balanço da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.
The Guardian, Reino Unido
O jornal britânico "The Guardian" informou a saída do ministro com um dos títulos mais críticos e diretos até o momento: "Brasil perde segundo ministro da Saúde em menos de um mês, enquanto mortes por Covid-19 sobem". A publicação afirma que Teich discordou do presidente Jair Bolsonaro e lembrou que desligamento acontece enquanto o páis ultrapassa, em número de casos, países como a França e a Alemanha.
New York Times, Estados Unidos
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O jornal "New York Times" diz que o ex-ministro da Saúde do Brasil, Nelson Teich, estava deixando o cargo menos de um mês depois de assumií-lo, por 'colidir' com o presidente Jair Bolsonaro sobre sua recusa
em adotar o distanciamento e as quarentenas sociais. O periódico ainda citou que Bolsonaro demitiu o ministro da Saúde anterior, Luiz Henrique Mandetta, que passado pelos mesmos problemas.
El País, Espanha
Já na Espanha, o jornal "El País" divulgou que o desligamento de Teich ocorre menos de um mês depois de tomar posse. O periódico afirma que o ministro ganhou os holofotes durante esta semana após ter sido informado, durante uma coletiva de imprensa, sobre o decreto presidencial que autorizava salões de beleza e academias a funcionarem na pandemia.
Le Figaro, França
O francês Le Figaro também ressaltou a rápida passagem
de Teich pelo ministério. "O ministro da Saúde do Brasil, Nelson Teich, renunciou por 'diferenças de opinião sobre medidas' para combater o coronavírus com o governo", afirma. A reportagem enfatiza que Teich é um ministro da Saúde bastante efêmero do presidente Jair Bolsonaro, tendo ocupado por menos de um mês essa pasta crucial para o Brasil, onde a pandemia já matou quase 14 mil pessoas.