No dia 9 de abril, Soledad Carioli Lespade, 25, mãe de duas meninas, chegou ao hospital de Chivilcoy, na Argentina, com febre e sintomas respiratórios, sinais compatíveis com o coronavírus, razões pelas quais foi hospitalizada. Pouco mais de 24 horas depois, a mulher faleceu .
O mais intrigante, no entanto, é que sua morte não foi causada pela Covid-19, como havia se pensado anteriormente. Um exame apontou lesões no corpo da jovem e o resultado do teste de coronavírus deu negativo, de acordo com uma reportagem do jornal Clarín.
Mas, como o corpo de Soledad foi cremado sem que uma autópsia fosse devidamente realizada, a polícia argentina não conseguiu determinar se a vítima morreu devido aos golpes e fraturas sofridos em diferentes partes do corpo ou por problemas de saúde.
A verdade é que o parceiro de Soledad, Flavio Emiliano Pérez, 35, pai de suas duas filhas, é suspeito de ter provocado "os ferimentos graves e a violência de gênero".
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Descoberta
Durante sua internação, os médicos realizaram uma tomografia computadorizada que detectou em Soledad trauma na mandíbula, em duas costelas e uma contusão na cabeça.
Conforme estabelecido pelo protocolo da Covid-19 para casos suspeitos e positivos, o corpo foi cremado . No dia 13 de abril, soube-se que o teste dera negativo para a doença.
Um dia depois, José Luis Neme, diretor do hospital, relatou os ferimentos à Comissão para Mulheres e Família de Chivilcoy. Após a denúncia , o promotor Pedro Illanes, ordenou uma busca na casa onde Soledad morava com Pérez e prendeu o suspeito.
Até o momento, fontes indicam que o promotor está tentando determinar se Pérez tem histórico de violência de gênero em outra cidade, conforme afirmou uma pessoa que testemunhou no caso.