O corte do financiamento à Organização Mundial da Saúde (OMS)
anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
, na noite de terça-feira (15), não foi bem recebido ao redor do mundo. A Organização das Nações Unidas (ONU), a China, e outros líderes mundiais repreenderam a postura do norte-americano, por acreditarem que isso vai enfraquecer o combate à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O secretário geral da ONU, António Guterres , afirmou que esse “não é o momento” para uma decisão dessa natureza e pediu união entre os países.
“Agora é o momento para união e para que a comunidade internacional trabalhe junto na solidariedade para combater os vírus e suas consequências desvastadores”, afirmou Guterres. Eu acredito que a Organização Mundial da Saúde deve ser apoiada, pois é absolutamente essencial para os esforços mundiais para vencer a guerra contra a covid-19”, completou.
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A China se manifestou por meio do porta-voz Zhao Lijian, dizendo estar “profundamente preocupada” com o anúncio feito por Donald Trump . “Esta decisão vai reduzir a capacidade da OMS e minar a cooperação internacional contra a epidemia”, lamenbtou Lijian.
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Alto representante da União Europeia, o espanhol Josep Borrel também se manifestou. “Não há nenhuma razão que justifique este movimento em um momento no qual os esforços são mais necessários do que nunca”, disse.
Aliado
Já o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, apesar de concordar com críticas de Trump à OMS , não apoiou o corte. “A OMS também é uma organização que faz um trabalho muito importante, inclusive na nossa região no Pacífico, e nós trabalhamos junto com eles”, ponderou.
Instituições ligadas à saúde, como a Universidade Johns Hopkins , fizeram coro às críticas ao presidente dos EUA. “Esse movimento transmite a mensagem errada em meio a uma epidemia”, lamentou o Dr. Amesh Adalja.