Áustria, Dinamarca, Noruega, República Tcheca e Bélgica sinalizaram para o fim da quarentena e pretendem retomar em breve as atividades em lojas, escolas e empresas; a Eslováquia já havia retomado parte do seu comércio. Os anúncios apontam que países devem sair do lockdown em ritmos diferentes, o que pode ser um desastre se não houver planejamento e capacidade de monitorar os contágios, de acordo com o diretor-executivo do programa de emergências sanitárias da OMS (Organização Mundial da Saúde).
A Alemanha, apesar de não ter anunciado, pode ser um dos próximos países a retomar atividades. O país iniciou uma campanha maciça de testes para identificar quem já possui anticorpos contra o covid-19 e lançou um aplicativo que permite rastrear e monitorar pessoas que tiveram contato com o vírus.
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Determinante para a medida de relaxamanto, os seis países não sofreram sobrecarga nas unidades de atendimento intensivo, e todos têm índices baixos de mortes pelo novo coronavírus em comparativo com o tamanho da população.
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Segundo o diretor da OMS, mesmo os países que sofreram impactos menos traumáticos da pandemia não devem adotar uma retomada contínua. Segundo ele, é provável que sigam o método de dois passos para a frente, um para trás, usando como referência a ocupação dos leitos hospitalares. "É preciso haver um colchão de segurança. Se a ocupação estiver chegando perto da capacidade, novas medidas de contenção do contágio são necessárias”, afirma.