![Crocodilos em exposição para compradores no mercado de frutos do mar de Huangsha em Guangzhou, província de Guandong, China Crocodilos em exposição para compradores no mercado de frutos do mar de Huangsha em Guangzhou, província de Guandong, China](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/18/6t/4t/186t4tczcdjjsm48j4pabp4az.jpg)
A chefe de biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma proibição global dos mercados para consumo de animais selvagens - como o de Wuhan, na China, que se acredita ser o ponto de partida do surto de coronavírus - para evitar futuras pandemias .
Elizabeth Maruma Mrema, secretária executiva da Convenção sobre Diversidade Biológica, disse que os países devem agir, proibindo "locais" que vendem animais vivos e mortos para consumo humano.
A China vetou, temporariamente, lugares onde animais como civetas, filhotes de lobos vivos e pangolins são mantidos vivos em pequenas gaiolas enquanto estão à venda, geralmente em condições sujas, onde incubam doenças que podem se espalhar entre os seres humanos. Mas diversos cientistas já apelam a Pequim para tornar a proibição permanente .
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Usando os exemplos do ebola na África e do vírus Nipah no leste da Ásia, Mrema disse que havia ligações claras entre a destruição da natureza e as novas doenças humanas, mas alertou contra uma abordagem reacionária da pandemia de Covid-19 em andamento. "A mensagem que estamos recebendo é que, se não cuidarmos da natureza, ela cuidará de nós", disse ela em coletiva.
"Devemos lembrar que há comunidades, principalmente rurais e de baixa renda, que dependem de animais selvagens para sustentar a subsistência de milhões de pessoas", afirmou.
"Portanto, a menos que tenhamos alternativas para essas comunidades, pode haver o risco de abrir o comércio ilegal de animais selvagens, que atualmente já está nos levando à beira da extinção
de algumas espécies", apontou a autoridade da ONU.