Profissionais usam máscaras protetoras enquanto observam um minuto de silêncio na entrada de um hospital em lembrança da equipe de enfermagem que morreu da Covid-19
Rober Solsona/Europa Press News/Getty Images
Profissionais usam máscaras protetoras enquanto observam um minuto de silêncio na entrada de um hospital em lembrança da equipe de enfermagem que morreu da Covid-19


A Organização Mundial da Saúde (OMS) está pedindo aos países para criarem, pelo menos, 6 milhões de novos empregos de enfermagem até 2030 para compensar um " déficit global " projetado, enquanto os profissionais de saúde de todo o mundo respondem à pandemia da Covid-19.

A enfermagem é o maior grupo ocupacional do setor de saúde, representando cerca de 59% das profissões da saúde, diz a OMS. Há pouco menos de 28 milhões de enfermeiros em todo o mundo, cerca de 5,9 milhões a menos do que o mundo precisa para cuidar adequadamente da população em crescimento, de acordo com um novo relatório publicado segunda-feira (06) da OMS, International Council of Nurses and Nursing Now.

O maior déficit de enfermeiros está nos países de baixa renda a renda média na África, no Sudeste Asiático, na região do Mediterrâneo Oriental e em algumas partes da América Latina, segundo o relatório, que analisou 191 países usando dados entre 2013 e 2018.

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Mais de 80% dos enfermeiros do mundo trabalham em países que representam metade da população mundial, de acordo com as conclusões do relatório.

"Eles são a espinha dorsal do sistema de saúde", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. "Hoje, muitos enfermeiros se encontram na linha de frente na batalha contra a Covid-19. Este relatório é um lembrete absoluto do papel único que desempenham e um alerta para garantir que eles obtenham o apoio necessário para manter o mundo saudável."

A OMS recomendou que os países com escassez de enfermagem aumentassem o número de enfermeiros graduados em cerca de 8% a cada ano e melhorassem a disponibilidade de empregos.

Para a entidade, é necessário que os líderes mundiais instruam os enfermeiros nas habilidades científicas, tecnológicas e sociológicas necessárias para impulsionar o progresso na assistência à saúde e melhorar as condições de trabalho.

Além disso, as autoridades da OMS disseram que os líderes também devem fortalecer o papel dos enfermeiros nas equipes de atendimento, observando que cerca de 90% dos profissionais são do sexo feminino, mas poucas mulheres ocupam cargos de liderança .

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