Biden alerta Bolsonaro: "reunirá o mundo" para garantir a proteção da Amazônia
Ex-vice falou sobre as queimadas que atingiram floresta tropical brasileira e prometeu fundo de US$ 20 bilhões para evitar incêndios na região
Por Agência O Globo |
O ex-vice-presidente Joe Biden, que disputa com favoritismo a candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, disse que, se o Brasil não for capaz de proteger a floresta amazônica, ele tomará medidas necessárias junto à comunidade internacional, caso seja eleito para o comando da Casa Branca. A declaração foi dada em uma entrevista à revista Americas Quarterly, dedicada a temas de América Latina.
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A resposta do centrista foi a uma pergunta sobre como os EUA deveriam agir para proteger a Amazônia. Biden fez um alertou ao presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, caso o país "falhe em ser um guardião responsável" da floresta tropical.
"Os incêndios que atingiram a Amazônia no verão passado foram devastadores e provocaram uma ação global para frear a destruição e ajudar no reflorestamento antes que seja tarde demais. O presidente Bolsonaro deve saber que, se o Brasil falhar em ser o guardião responsável da floresta amazônica, então minha administração reunirá o mundo para garantir que o meio ambiente fique protegido", declarou Biden.
Não é a primeira vez que o ex-vice de Barack Obama fala sobre as queimadas no Brasil. No debate no último domingo entre ele e o pré-candidato Bernie Sanders, Biden afirmou que pretende criar um fundo de US$ 20 bilhões para garantir a proteção da Amazônia e evitar queimadas na região, que ocorrem muitas vezes para abrir terreno para a agricultura e a criação de gado.
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"Eu iria agora mesmo organizar, no hemisfério e no mundo, para providenciar US$ 20 bilhões para a Amazônia , para que o Brasil não queime mais a Amazônia e, assim, terem fazendas. Eles absorvem mais carbono na Amazônia e na região que está queimando agora do que nós emitimos em um ano inteiro, a cada ano", disse o ex-vice.
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À Americas Quarterly, Biden respondeu ainda sobre a possibilidade de novos acordos de livre comércio com países latino-americanos, como o Brasil . Ele disse que qualquer pacto comercial deve atender as prioridades de criar empregos nos EUA e proteger os trabalhadores americanos, além de garantir que as preocupações trabalhistas e ambientais "sejam parte essencial da negociação".
"Os nossos atuais acordos de livre comércio na América Latina, e no mundo, devem ser implementados de maneira justa, criando empregos e prosperidade para os dois lados", completou Biden.
A revista enviou as mesmas perguntas feitas a Biden para o seu adversário, o senador social-democrata Bernie Sanders , que ainda não as respondeu.
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