Donald Trump, presidente dos Estados Unidos
Shealah Craighead/Official White House
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos,  Donald Trump , declarou estado de emergência no país para enfrentar a epidemia do novo coronavírus, garantindo que até US$ 50 bilhões sejam distribuídos aos estados e locais específicos para ajudar no combate à pandemia da doença.

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Trump, que vem sendo criticado pela falta de acesso aos testes, mesmo pagos, também prometeu disponibilizar por meio de um parceria com o sistema privado mais 1,4 milhões de exames até a semana que vem e até cinco milhões até o fim do mês. Não ficou claro, no entanto, se os testes serão gratuitos. Os casos nos EUA superaram os 1.800 e o número de mortos subiu para 41.

No começo da semana, o presidente já havia anunciado a suspensão todos os voos da Europa para os  Estados Unidos  por 30 dias, em razão da pandemia. Em resposta, diversos turistas americanos correram a aeroportos na Europa para tentar voltar ao país.

Trump invocou a Lei Stafford, que capacita a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema, na sigla em inglês) a coordenar a resposta a desastres e ajudar os governos estaduais e locais.

"É uma grande quantidade para que os estados lutem contra essa doença. Todos os estados terão apoio de companhias médicas e vão trabalhar diretamente comigo. Estou pedindo a todos os estados que estabeleçam centros de operações de emergência efetivos imediatamente", disse o presidente.

Durante pronunciamento, o republicano ainda pediu para todos os hospitais e centros médicos ativarem seus planos de emergência. Apesar da parceria anunciada para ampliar o acesso aos exames, Trump afirmou que só devem fazer os testes aqueles que se encaixam em critérios.

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"Nós não queremos todos fazendo o teste, isso é totalmente desnecessário. Vamos mudar muitas das antigas regras, especificações e regulações".

Enquanto Trump anunciava as medidas, a Câmara dos Representates dos EUA, liderada pelos democratas, apresentava um pacote de ajuda a coronavírus apesar da oposição do presidente. O projeto prevê testes gratuitos de coronavírus e duas semanas de licença médica e familiar remunerada para as pessoas afetadas pelo vírus.

"Só podemos derrotar esse surto se tivermos uma determinação precisa de sua escala e escopo", disse a líder democrata Nacy Pelosi em um discurso televisionado antes da entrevista coletiva de Trump.

O presidente também anunciou uma parceria com o Google para a disponibilização de um site com perguntas para determinar se a pessoa deve ser testado para o coronavírus.

Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez também anunciou que irá declarar formalmente estado de emergência no sábado. O governo de Portugal, por sua vez, decretou estado de alerta para mobilizar o serviço de proteção civil, a polícia e o Exército em seus esforços para controlar a pandemia. Com o objetivo de limitar a propagação do vírus, o governo português aprovou quase 30 medidas de exceção, dentre elas a interdição de praias no Norte do país e o fechamento, a partir de segunda-feira, de creches, escolas e universidades.

Mais cedo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que a Europa é o novo epicentro da pandemia do novo coronavírus. De acordo com o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que falou nesta sexta-feira em uma videoconferência, os casos registrados no continente "já superam a soma de todos os outros países do mundo, com exceção da China ".

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Entre os 10 países com mais casos, sete estão na Europa . Depois da Itália, a Espanha é a quinta, com 4.334, e a Alemanha está no sexto lugar, com 3.156, seguida pela França, com 2.882.

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