Local onde o avião caiu no irã
Tasnim News Agency/Mohmood Hosseini
Local onde o avião caiu no irã

Um áudio divulgado neste domingo (2) por uma rede de TV da Ucrânia desmentiu a versão apresentada por autoridades do Irã e confirmou que a divulgação do fato de que um míssil havia derrubado um avião ucraniano, matando todas as 176 pessoas a bordo, aconteceu minutos depois da tragédia.

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Segundo informações do New York Post, o conteúdo do áudio mostra que a torre de controle responsável pela região em que o avião ucraniano trafegava conversou com um piloto que viu o míssil ser lançado. Dados do controle de tráfego aéreo do Irã mostram que a aeronave estava próxima do aeroporto de Teerã.

A conversa, que teve a autenticidade confirmada pelo chefe da investigação e pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, derruba a história contada por líderes iranianos ainda no início das investigações sobre o acidente aéreo. Na época, eles ressaltaram que o Irã não tinha nenhum envolvimento com o caso.

O diálogo

A transcrição da conversa entre o funcionário responsável pelo controle do tráfego aéreo e o piloto de um Fokker 100 da Aseman Airlines que viajava de Shiraz para Teerã, foi divulgada pelo canal de TV ucraniano 1+1.

Você viu?

"Isso é um míssil ou algo parecido?", questiona o piloto, afirmando que viu uma luz no horizonte quando se aproximava do aeroporto de Payam, perto do local em que o arsenal anti-aéreo foi lançado.

Ao receber uma resposta negativa do controlador, que inclusive ressalta não ter recebido nenhuma informação sobre um lançamento, o piloto insiste no tema: "isso é a luz de um míssil. Vimos uma explosão, uma luz muito forte".

Nesse momento, após ouvir o relato do piloto iraniano, o áudio mostra que o controlador tenta entrar em contato com a aeronave ucraniana, mas não obtém sucesso.

Em entrevista à 1+1, Zelenskiy afirmou: "a gravação mostra que as autoridades iranianas sabiam desde o início que nosso avião foi abatido por um míssil. Eles já sabiam de tudo".

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A declaração, entretanto, não foi bem recebida no Irã . Em entrevista para uma agência de notícias do país, o chefe da equipe de investigação definiu como "antiprofissional" a divulgação de dados sigilosos do caso: "tal ação do governo ucraniano nos faz repensar se iremos fornecer mais evidências sobre o acidente".

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