O número de mortos nos incêndios da Austrália
aumentou para 27, e 2.131 casas foram destruídas. O primeiro-ministro, Scott Morrison, disse que o balanço pode piorar com novas avaliações nas áreas mais afetadas.
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"Temos a confirmação de 27 mortes e de 2.131 casas destruídas, mas estimamos que com mais avaliações dos danos, especialmente no estado de Victoria, esses números continuarão a aumentar", afirmou Morrison aos jornalistas.
"Estamos muito longe do fim desta crise e deste desastre", disse o governante, que anunciou apoio financeiro direto a 42 áreas. O balanço anterior indicava 25 mortos.
O primeiro-ministro concedeu entrevista em Camberra, depois de uma reunião do Conselho de Ministros para analisar a questão dos incêndios e a tensão entre os Estados Unidos e o Irã.
Morrison citou medidas que estão sendo tomadas em vários pontos do país, com o envolvimento das Forças de Defesa, dos serviços de emergência e dos governos locais, estaduais e federal.
Lembrando que o risco climático deve aumentar nos próximos dias, o primeiro-ministro explicou que atualmente 1.600 reservistas trabalham em operação da Força de Defesa Australiana (ADF), que mantém dois navios, o HMAS Adelaide e o HMAS Chules, no Sul e Sudeste do país.
"Temos equipes trabalhando para restabelecer a energia elétrica em milhares de casas e estabelecimentos comerciais. Há ainda muitos locais sem serviço. Estamos ainda dando apoio emergencial nas áreas mais afetadas, procurando melhorar a infraestrutura".
Os navios, explicou, podem não só apoiar na retirada de populações, mas ajudar com todo tipo de operação, com helicópteros, equipes médicas e de engenharia capazes de intervir de imediato.
A Austrália conta ainda com o apoio de efetivos dos Estados Unidos, da Nova Zelândia e da Canadá e de vários países da "família do Pacífico".
"Ter esses ativos é muito importante. São navios com capacidade significativa para dar toda a assistência necessária", disse.
Os serviços de emergência e os governos estaduais estão aumentando os recursos humanos em vários pontos.
O objetivo, segundo Morrison, é tentar o acesso a algumas comunidades que continuam isoladas, reabrindo estradas e permitindo a chegada de serviços de emergência.
O primeiro-ministro informou que o governo vai começar a distribuir, a partir desta sexta-feira (10), pacotes financeiros de, no mínimo,US$ 1 milhão (618,5 mil euros) a 42 regiões.
"É uma assistência financeira imediata que estará nas contas amanhã [sexta-feira] e que permitirá a essas áreas responder de forma imediata às carências mais urgentes", destacou.
O governo estuda medidas adicionais para setores como turismo, agricultura e pequenas e médias empresas.
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"O apoio será aumentado de acordo com as necessidades. Queremos ouvir os responsáveis locais para saber como podemos ajudar".
"Eles precisam de dinheiro, não de burocracia. E esse apoio destina-se a isso, a dar apoio financeiro para (suprir) as carências", acrescentou.