Ventos fortes agravaram focos de incêndios em diversas regiões da Austrália
Reprodução/TheNewYorkTimes
Ventos fortes agravaram focos de incêndios em diversas regiões da Austrália

Uma nova estimativa aponta que 1 bilhão de animais morreram direta ou indiretamente por causa dos incêndios na Austrália. A previsão de 480 milhões de mortes — como coalas e cangurus — incluía mamíferos, pássaros e répteis, mas não contabilizava insetos, morcegos ou sapos. Neste novo cálculo, estas outras espécies foram consideradas.

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Além de considerar outros tipos de animais, Chris Dickman, especialista em biodiversidade da Universidade de Sydney , dá outras duas justificativas para o aumento na previsão de mortes: agora inclui também o estado de Victoria, e não apenas Nova Gales do Sul; e que o estudo que determinava a quantidade de animais existentes na região era conservador.

"O número original, os 480 milhões, foi baseado em mamíferos, pássaros e répteis para os quais temos densidades, e esse número agora está um pouco desatualizado. São mais de 800 milhões, dada a extensão dos incêndios, apenas em Nova Gales do Sul", afirmou Dickmanao Huffington Post.

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Em 2007, Dickman foi co-autor de um relatório para o WWF (World Wide Fund for Nature) sobre como o desmatamento afeta a vida selvagem australiana no estado de Nova Gales do Sul. Para calcular o impacto, ele e os outros autores revisaram estudos publicados anteriormente para estimativas da densidade populacional de mamíferos na região. Em seguida, multiplicaram as estimativas de densidade pelas áreas de vegetação aprovadas para serem desmatadas.

Usando este estudo de 2007 como base, foi que Dickman calculou a primeira estimativa de que 480 milhões de animais haviam sido mortos desde que os incêndios florestais em Nova Gales do Sul começaram em setembro.

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"Certamente, animais grandes, como cangurus ou ema, e muitos pássaros, é claro, poderão se afastar do fogo à medida que ele se aproxima", disse Dickman à BBC. Mas ele acrescentou que “são as espécies menos móveis e as menores que dependem da própria floresta que estão realmente vulneráveis ao fogo.

Coalas são um bom exemplo. Estima-se ao menos metade da população de coalas saudáveis na Austrália — considerados fundamentais para garantir a sobrevivência da espécie —morreram após incêndios terem varrido uma ilha santuário.

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