Coalizão de esquerda forma governo na Espanha após duas eleições

Pedro Sánchez, do PSOE, segue como líder do governo. Ele estava no cargo desde 2018, mas há quase um ano exercia a função interinamente

Foto: Inma Mesa
Pedro Sánchez foi o escolhido para liderar a coalizão de esquerda

líder socialista Pedro Sánchez obteve nesta terça-feira (7) apoio necessário para liderar o governo de coalizão de esquerda e assumir novamente o cargo de primeiro-ministro da Espanha. Em uma votação apertada no Parlamento, o líder do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe) recebeu 167 votos favoráveis, 165 contrários e 18 abstenções.

De acordo com a publicação, este foi o resultado mais apertado da história da democracia do país europeu. O resultado encerra um longo período de bloqueio político e dá início ao primeiro governo de uma coalizão de esquerda no país desde os anos 1970, que terá inicialmente quatro anos de mandato.

O pacto entre o Psoe e o Podemos foi batizado de " Coalizão Progressista " e prevê aumento de impostos para os mais ricos e grandes empresas, elevação do salário mínimo, ações contra as mudanças climáticas e políticas para garantir a igualdade de gênero tanto no poder público quanto no setor privado.

Pedro Sánchez assumiu o cargo de primeiro-ministro em junho de 2018. Seu mandato, no entanto, foi curto. Em fevereiro de 2019 ele convocou novas eleições após não conseguir aprovar o orçamento. 

Tanto nas eleições de abril quanto na de novembro o Psoe saiu vitorioso, mas Sánchez se recusava a se aliar ao Podemos , outra grande forma do Congresso espanhol e teve dificuldade para formar um governo .

Ao todo, o país teve quatro eleições gerais durante os últimos quatro anos, sendo duas somente em 2019. Pedro Sánchez governou o país interinamente em um período de incerteza até, quase um ano depois, conseguir chegar a um acordo para formar uma coalizão de esquerda capaz de governar a Espanha.