O Governo de Israel espera investir, durante os próximos cinco anos, US$ 43 milhões no mercado da maconha medicinal , área na qual o país é pioneiro. O investimento será colocado em prática com a abertura de uma incubadora para start-up s atuantes no setor, conforme o anunciado pela Autoridade de Inovação de Israel , órgão público administrado pelo Ministério da Economia.
Com o uso da cannabis para fins medicinais aprovado em 1999, e o acesso facilitado ao longo dos anos, Israel é vanguarda no mercado, cada vez com mais potencial de expansão. O cenário colocou o setor como território fértil para as start-ups , justamente os alvos da nova iniciativa do Governo, que pretende injetar dinheiro em seis dessas pequenas empresas inovadoras.
Segundo o jornal israelense “Haaretz”, a incubadora é considerada um caso inédito de financiamento público na área em questão. A gigante OurCrowd, plataforma de investimentos para start-ups, será a gestora do projeto em parceria com a empresa farmacêutica Perrigo e a Bol Pharma, produtora israelense de maconha medicinal .
Leia também: Após decisão da Justiça, ministro diz que "nada mudou" sobre plantio de maconha
Exportação
No início do ano, em janeiro, Israel já havia dado um novo passo para expandir o mercado, quando foi aprovada uma lei que permite a exportação da cannabis medicina l. Em abril, nova lei descriminalizou a posse de maconha, o que não significa que a planta foi legalizada. Agora, a punição para cultivo caseiro e porte de pequenas quantidade envolve multas como punição, em vez de processos criminais.
Brasil começando
Longe de ter a mesma relação que Israel mantém com a maconha , o Brasil também teve uma resolução importante nesse campo. No início de dezembro deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação de produtos medicinais à base de maconha em farmácias. A compra só pode ser realizada mediante receita médica. A agência reguladora também avaliou uma proposta de regulamentação do cultivo, mas decidiu arquivá-la.