Minutos após o Supremo Tribunal Federal ( STF ) ter encerrado o julgamento que pôs fim à condenação em segunda instância o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, publicou uma mensagem em sua conta na rede social Instagram afirmando que “valeu a pena a luta de tantos anos. Lula livre amanhã!”.
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Após saber do resultado da votação, o futuro presidente da Argentina , que assumirá o cargo em 10 de dezembro, se comunicou através do WhatsApp com dirigentes amigos do PT. "Sabemos que ele está muito feliz e satisfeito", comentou uma fonte do partido, que pediu para não ser identificada.
Durante a campanha, Fernández visitou Lula na prisão, em Curitiba, e em muitos de seus pronunciamentos defendeu a liberdade do ex-presidente brasileiro, a quem considera um preso político. Essa posição foi expressada em seu primeiro discurso como presidente eleito, atitude que foi questionada pelo governo brasileiro e levou o presidente Jair Bolsonaro a decidir não parabenizar Fernández pelo triunfo na disputa com Mauricio Macri , um de seus mais fortes aliados na região. À posse do novo presidente argentino o governo brasileiro enviará o ministro da Cidadania, Osmar Terra .
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A tensão entre Bolsonaro e Fernández elevou-se nos últimos dias com a postagem por parte do chefe de Estado brasileiro de informações posteriormente negadas pelas companhias envolvidas sobre a transferência de três empresas da Argentina para o Brasil. O presidente brasileiro pediu desculpas por ter publicado informações incorretas. Paralelamente, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, presidida pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-PT), aprovou uma moção de repúdio ao presidente eleito da Argentina, entre outros motivos, por “ativismo político”.
Nesta sexta-feira (8), começa em Buenos Aires a reunião do Grupo de Puebla, formado em meados do ano no México. Lula integra o grupo com outros 30 dirigentes latino-americanos, entre eles Fernández.