Por fama e fortuna, mãe mentiu sobre doença terminal da filha e depois a matou

Caso, ocorrido em 2017, teve reviravolta nesta semana, quando a polícia dos Estados Unidos descobriu que Olívia Gant não estava doente quando morreu
Foto: Reprodução/CBS
Olivia Gant morreu em 2017, quando tinha apenas sete anos

Olivia Gant ficou famosa nos Estados Unidos após a mãe dela, Kelly Turner, de 41 anos, criar uma lista de desejos para que a menina realizasse antes da morte. Kelly dizia que a filha sofria de uma doença sem cura em estágio terminal. Além de arrecadar fundos para o tratamento da menina em uma vaquinha virtual, a família participou de inúmeros programas de televisão e teve alguns dos sonhos da lista realizados por várias intiuições.

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Olivia morreu em agosto de 2017, aos sete anos, mas nesta semana a história dela sofreu uma reviravolta: a polícia do estado do Colorado prendeu Kelly sob a acusação de ter assassinado a própria filha, mentir sobre o estado de saúde da menina e se aproveitar dela para conseguir dinheiro e fama.

A acusação é baseada em uma autópsia e no depoimento de 11 médicos que asseguraram que Olivia não tinha uma doença terminal. Os profissionais disseram, inclusive, que a sonda que a menina usava para se alimentar era desnecessária. Quando Olivia faleceu, a mãe contou que o intestino da criança parou de funcionar.

Foto: Divulgação/Departamento de Polícia do Colorado
Kelly Turner, de 41 anos, é acusada de ter mentido sobre a saúde da filha

O próprio departamento de polícia foi uma das organizações que realizou um desejo de Olivia. Ela se dizia "apaixonada pela corporação" e se tranformou em policial por um dia. Além de ganhar um uniforme, a menina participou de rondas pela cidade com um agente de segurança.

Um dos momentos mais lembrados da vida da menina foi a realização de uma festa à fantasia. Ela dizia ter o sonho de ser uma "Bat princesa" e conseguiu cerca de 20 mil dólares para realizar a celebração.

Representantes da organização Make-A-Wish do Colorado, que organizaram a festa, disseram por meio de nota que estão "profundamente perturbados" com as acusações.

A instituição, que é conhecida por realizar desejos de crianças com saúde debilitada, disse que pretende acompanhar o caso de perto, na esperança de saber exatamente o que aconteceu.

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"À medida que procuramos entender mais sobre as circunstâncias que levaram à morte de Olivia, lembramos com carinho de seu espírito e esperamos que a realização de seu desejo tenha trazido alegria à sua vida trágica", diz o comunicado.

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