Dezenove grávidas, com idades entre 15 e 28 anos, foram resgatadas pela polícia nigeriana em uma "fábrica de bebês" em Lagos. De acordo com a investigação, uma menina podia ser vendida por 300 mil nairas (cerca de R$ 4 mil), enquanto um menino valia 500 mil nairas (aproximadamente R$ 6,7 mil).
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O porta-voz da polícia do estado, Bala Elkana, informou que dois suspeitos já foram presos e que uma terceira pessoa envolvida no crime está sendo procurada pelas autoridades. Além do grupo de mulheres, quatro crianças, que seriam negociadas pelo grupo, também foram resgatadas da ' fábrica de bebês '.
Em entrevista à rede de TV CNN, Elkana afirmou que há vítimas que foram enganadas com uma oferta de emprego e acabaram trancafiadas, e também jovens solteiras, que procuraram esses centros para escapar das críticas sociais por terem engravidado e chegavam até a ficar com uma parte do dinheiro obtido com a venda dos bebês .
A operação policial, realizada no último dia 19, ocorreu em quatro locais diferentes, sendo três residências e um hotel em Isheri Osun, nos arredores da capital econômica, onde vivem 20 milhões de pessoas.
Elkana afirmou que o próximo passo da investigação é identificar os possíveis compradores dos bebês: "Ainda não sabemos para quem ou com que finalidade os recém-nascidos foram vendidos".
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O tráfico de pessoas , que inclui a venda de crianças, é o terceiro crime mais cometido na Nigéria, depois da fraude e do tráfico de drogas, segundo as Nações Unidas. A atividade criminosa é praticada principalmente no Sudeste do país, onde várias maternidades ilegais foram descobertas nos últimos anos. As pessoas que compram esses recém-nascidos geralmente são casais com recursos que não podem ter filhos.
Embora a Nigéria seja o maior produtor de petróleo da África, a pobreza atinge expressivamente o país. A maioria da população de 190 milhões de pessoas vive com menos de dois dólares por dia.