Jair Bolsonaro e Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, durante Fórum Econômico Mundial de Dados, na Suíça
Alan Santos/PR - 24.1.19
Jair Bolsonaro e Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, durante Fórum Econômico Mundial de Dados, na Suíça

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) cancelou ao menos três encontros bilaterais que estavam previstos para ocorrer durante a 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York,
na próxima semana. As reuniões com o Brasil haviam sido solicitadas por Peru, Ucrânia e África do Sul, segundo informaram ao GLOBO integrantes do Palácio o Planalto e do
Itamaraty.

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Os encontros ainda não estavam confirmados com os chefes de Estados dos países, mas foram suspensos após recomendação médica para que Bolsonaro encurtasse a agenda em Nova York, onde fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas no próximo dia 24.

O presidente se recupera de uma cirurgia para correção de uma hérnia, realizada no dia 8 de setembro. Após nove dias internado no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, Bolsonaro retornou nesta tarde de segunda-feira para Brasília.

O Brasil tem interesses estratégicos com esses três países. No caso da Ucrânia , há forte aproximação política com o presidente conservador Petro Poroshenko. Ele e Bolsonaro já
haviam se reunido em um encontro paralelo ao Fórum Econômico Mundial de Dados, na Suíça, no início deste ano.

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A África do Sul é membro do Brics - bloco que também é integrado por Brasil, Rússia, Índia e China. O encontro com o líder sul-africano Cyril Ramaphosa seria uma preparatória
para a reunião de cúpula do Brics, que acontecerá em Brasília, no próximo mês de novembro.

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Da direita tradicional peruana, o presidente do Peru , Martín Vizcarra, tem demonstrado afinidade com Jair Bolsonaro nos principais temas ligados à região, sendo um deles a
situação na Venezuela. Assim como Bolsonaro, Vizcarra considera o chavista Nicolás Maduro ilegítimo e reconhece como presidente daquele país Juan Guaidó. No campo econômico,
Brasil e Peru pretendem ampliar um acordo firmado há cerca de três anos.

O planejamento inicial era que Bolsonaro embarcasse para os Estados Unidos no dia 22. Com o pedido médico para uma redução dos compromissos, o embarque da comitiva brasileira,
que incluirá o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), foi postergado para o dia 23.

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Apesar disso, segundo confirmação do porta-voz Otávio do Rêgo Barros nesta manhã, Bolsonaro deve viajar ao Texas no dia 25 para se reunir com empresários ligados ao setor
militar dos Estados Unidos. Fontes do Palácio do Planalto e do Itamaraty, entretanto, ponderam que o encontro não está confirmado.

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