Neste domingo (8), milhares de pessoas foram mais uma vez às ruas em Hong Kong. Eles pediam por democracia no território. Dessa vez, manifestantes levaram bandeiras dos Estados Unidos , cantaram o hino americano e pediram ajuda ao presidente Donald Trump para que os liberasse do domínio chinês.
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Além de bandeiras dos EUA, alguns manifestantes carregavam cartazes com frases como "Presidente Trump, por favor, salve Hong Kong " e "Torne Hong Kong ótimo novamente". Após entoarem frases como “Cante pela liberdade, fique ao lado de Hong Kong” e “Resista à Pequim, libere Hong Kong”, manifestantes entregaram petições ao consulado americano.
Eles estão pedindo aos EUA que aprovem uma proposta de "Lei de Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong", que os senadores democratas discutirão na próxima semana. A lei exigiria que os EUA certificassem o alto grau de autonomia de Hong Kong anualmente para justificar seu status comercial especial. Também poderia expor as autoridades chinesas às sanções dos EUA se fossem consideradas responsáveis por suprimir as liberdades de Hong Kong.
O protesto, que começou pacífico, acabou com barricadas, quebra de vidraças e fogos na rua. A polícia postou-se perto dos manifestantes , e houve repressão. O nível geral de risco permanece no segundo mais baixo de um medidor de quatro níveis, depois de ter sido aumentado em 7 de agosto para refletir a escalada da violência.
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Atos seguem apesar de suspensão de lei
Mesmo após a líder de Hong Kong, Carrie Lam , anunciar concessões , os protestos continuaram. Neste domingo, por exemplo, manifestantes cantaram, além do hino nacional dos EUA, um novo grito de guerra: "cinco demandas, nem uma a menos". As manifestações se ampliaram em apelos por mais democracia.
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Com o objetivo de encerrar os protestos, Carrie Lam anunciou concessões esta semana, incluindo anular um projeto de extradição, o que muitos consderaram "tarde demais" ou insuficiente. O projeto, que iniciou os protestos em junho, teria permitido que a extradição de pessoas para a China fosse julgada em tribunais controlados pelo Partido Comunista. Hong Kong tem um judiciário independente que remonta ao domínio britânico.