Dois adolescentes palestinos foram mortos nesta sexta-feira (6) por tiros de soldados israelenses durante manifestações na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, anunciou o
Ministério da Saúde do território controlado pelo grupo islâmico Hamas.
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Khaled al-Rabai, de 14 anos, foi atingido no estômago a leste da cidade de Gaza, segundo um porta-voz do ministério. Ali al-Ashqar, 17 anos, foi morto por uma bala no pescoço a
leste de Jabaliya, na parte norte da Faixa de Gaza, disse a mesma fonte. Entre os manifestantes palestinos
, 70 foram feridos, 38 destes a tiros, disseram autoridades médicas.
Um porta-voz do Exército israelense disse que "6.200 manifestantes se reuniram em diferentes pontos da fronteira, lançando bombas incendiárias e artefatos explosivos".
Segundo esse porta-voz, alguns dos manifestantes conseguiram atravessar a cerca que separa o território de Israel antes de retornar a Gaza
. As forças israelenses responderam com
medidas de dispersão de tumultos, disse ele. O porta-voz não comentou as mortes.
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Desde março de 2018, a barreira entre a Faixa de Gaza e Israel tem sido palco de manifestações semanais apelidadas de " Grande Marcha do Retorno ", acompanhadas de confrontos, para exigir o levantamento do bloqueio imposto por Israel ao território. Os manifestantes reivindicam a volta ao território israelense das famílias palestinas que fugiram ou foram expulsas na guerra que se seguiu à criação do Estado de Israel , em 1948.
Israel rejeita o chamado direito de retorno, dizendo que eliminaria sua maioria judaica. Autoridades do Egito , Catar e a ONU têm trabalhado para manter a fronteira calma nos
últimos meses.
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Nos últimos 17 meses, pelo menos 308 palestinos foram mortos por tiros israelenses, geralmente durante essas manifestações. Outros morreram por bombardeios israelenses em
retaliação a atos hostis vindos de moradores do território. Sete israelenses morreram nesses confrontos. Israel e Hamas travaram três guerras desde 2008.