Boris Johnson vai expulsar 21 deputados 'rebeldes' de seu partido

Boris Johnson sofreu primeira derrota no Parlamento britânico nesta terça, quando até mesmo deputados conservadores se opuseram ao governo

Boris Johnson sofreu revés em votação no primeiro dia de volta do Parlamento
Foto: Reprodução/TV Globo
Boris Johnson sofreu revés em votação no primeiro dia de volta do Parlamento

O Partido Conservador, de Boris Johnson, expulsará os 21 deputados que votaram contra o primeiro-ministro no Parlamento nesta terça-feira (3). Entre os expulsos está Nicholas Soames, neto do ex-premier Winston Churchill, um dos grandes símbolos dos "Tories".

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A medida vem após a primeira derrota de Boris Johnson , que aconteceu logo no primeiro dia de trabalho do Parlamento após o recesso de verão. Os representantes aprovaram uma moção para tirar do governo o controle do calendário legislativo, o que abre caminho para colocar em votação um texto para impedir um Brexit sem acordo.

A moção foi aprovada por um placar de 328 a 301, em uma dura derrota para o primeiro-ministro, que prometera tirar o país da União Europeia em 31 de outubro, com ou sem acordo com Bruxelas.

A medida, costurada pela oposição trabalhista e liberal com dissidentes do Partido Conservador, é uma reação à decisão de Johnson de pedir à rainha Elizabeth II a  suspensão do Parlamento até 14 de outubro.

A oposição ainda planeja apresentar nesta quarta-feira (4) um projeto para forçar Johnson a pedir o adiamento do Brexit até 31 de janeiro, a não ser que a Câmara dos Comuns aprove até 19 de outubro um novo acordo com a UE ou uma separação imediata.

Pouco antes da votação desta terça, o governo  já havia perdido formalmente a maioria no Parlamento, com a deserção do deputado Phillip Lee, que trocou o Partido Conservador pelo Democratas Liberais (LibDem).

Em resposta, o primeiro-ministro anunciou que seu partido apresentará uma moção para  antecipar as eleições para outubro. "Eu não quero uma eleição, mas se a Câmara votar amanhã para forçar mais um atraso sem sentido no Brexit, será a única maneira de resolver isso", disse Boris Johnson .