"Maduro se mantém no poder por possuir apoios externos", diz Ernesto Araújo

Após encontro, foi divulgada uma declaração oficial, onde os representantes expressaram seu apoio ao autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó

Foto: Marcelo Camargo/ABr
Ernesto Araújo disse que Foro de Lima não pretende afrouxar 'pressão' contra Maduro

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"Maduro sobrevive hoje por determinados apoios externos. Acho que essa declaração [da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet] deixa mais difícil, para os países que apoiam Maduro , continuarem a apoiar. Fica claro que é um regime que atenta dramaticamente contra os direitos humanos. Isso faz parte de uma realidade que todo o continente está preocupado. Nós não vamos afrouxar essa pressão pela democracia na Venezuela", disse Araújo.

O Grupo de Lima é composto por Argentina, Brasil , Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Paraguai, Peru e Venezuela. Após o encontro, foi divulgada uma declaração oficial, onde os representantes expressaram seu apoio ao autoproclamado presidente interino da Venezuela , Juan Guaidó .

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O chanceler brasileiro reforçou a importância do grupo e disse que houve um consenso de que o tema da Venezuela é uma preocupação regional.

Em relação a uma possível intervenção no país, Araújo afirmou que essa questão não esteve presente na discussão. "Nossa percepção é de que se precisa resolver essa questão, devolver a democracia à Venezuela, para que toda a América Latina rume para consolidar a democracia e a prosperidade".

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Na declaração, o Grupo de Lima afirmou repudiar a candidatura da Venezuela a um assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU e expressou apoio à candidatura brasileira.