As incursões do governo dos EUA para prender milhares de famílias sem documentos estão programadas para começar neste domingo (14), de acordo com fontes citadas pelo jornal New York Times .
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A operação, programada para acontecer em dez grandes cidades dos EUA e apoiada pelo presidente Donald Trump , havia sido adiada na última semana de junho, em parte por causa da resistência entre funcionários da própria Agência de Alfândega e Imigração, conhecida pela sigla ICE.
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A operação será conduzida pela ICE ao longo de vários dias e incluirá deportações "colaterais", segundo funcionários e ex-funcionários do governo, que falaram sob condição de anonimato ao jornal. Isso significa que as autoridades poderão deter imigrantes que estejam nos locais das batidas por acaso, mesmo que não sejam, a princípio, alvo delas.
Os alvos serão 2 mil imigrantes com ordem de deportação, cujas famílias atravessaram a fronteira americana recentemente. Depois de Trump acelerar os procedimentos de imigração no final do ano passado, muitas famílias foram notificadas, em fevereiro, para se dirigir a um escritório do ICE e deixar os Estados Unidos, disseram as fontes do jornal. O objetivo é que essas pessoas sejam deportadas o mais rapidamente possível.
Quando possível, parentes detidos juntos serão mantidos em centros de detenção familiar no Texas e na Pensilvânia. Devido a limitações de espaço, alguns podem acabar ficando em quartos de hotel até que seus documentos sejam preparados.
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Nesta quarta-feira (11), um porta-voz da ICE, Matthew Bourke, afirmou em comunicado que a agência não comentaria detalhes específicos relacionados às operações de fiscalização, para garantir a segurança e proteção dos funcionários dos EUA .