China diz para Reino Unido não 'interferir' em Hong Kong

Embaixador chinês em Londres disse que relações entre os países foram danificadas; tensão diplomática entre os países aumentou após os protestos

Manifestantes têm ido às ruas protestar contra a lei da extradição em Hong Kong
Foto: Reprodução/Twitter
Manifestantes têm ido às ruas protestar contra a lei da extradição em Hong Kong

A China subiu o tom e alertou nesta quarta-feira (3) o Reino Unido para não "interferir nos assuntos domésticos" do país, elevando a tensão diplomática em meio aos protestos em Hong Kong.

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O embaixador chinês em Londres, Liu Xiaoming, disse que as relações entre os dois países foram "danificadas" pelos comentários do secretário de Relações Exteriores britânico, Jeremy Hunt, sobre as manifestações.  "Nas mentes de algumas pessoas, elas veem Hong Kong como ainda sob o comando britânico. Elas esquecem que Hong Kong agora voltou aos braços da pátria-mãe", disse Liu.

Já o governo britânico demonstrou "preocupação" com os protestos e exigiu que a China cumpra os compromissos de democracia assumidos em 1997, quando o Reino Unido devolveu o território.

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Os protestos em Hong Kong , região pertencente à China, mas com autonomia política, começaram devido a uma suposta lei que permitira extradições ao regime de Pequim. Apesar da China suspender temporariamente a lei, os protestos continuaram.