A China acusou nesta terça-feira (2) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de instigar os protestos em Hong Kong, onde na segunda-feira (1º) manifestantes invadiram a sede do Parlamento contra a lei de extradição, conhecida como "lei dos foragidos".
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"Deploramos e nos opomos com força à interferência evidente dos Estados Unidos nos assuntos de Hong Kong e nos assuntos internos da China", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Geng Shuang.
Nesta segunda, mais de mil pessoas irromperam a sede do Parlamento, em mais um protesto contra o governo local e a China. Desde junho, devido a uma lei que pode permitir extradições à China , moradores de Hong Kong saem às ruas para protestar resultando em um dos maiores conflitos entre o território autônomo e a China nos últimos 20 anos.
Apesar do governo chinês concordar em suspender o projeto de lei por tempo indefinido, os protestos seguem. Durante as celebrações do aniversário de 22 anos da transferência da soberania de Hong Kong para a China, os manifestantes entraram em confronto com a polícia no Parlamento .
O Reino Unido, que controlava Hong Kong desde 1997, condenou a "violência" verificada "em todos os lados" e pediu que a as autoridades locais não usem um episódio singular "como pretexto" para impor a "repressão".