O último dia de votação das eleições para o Parlamento Europeu, neste domingo (26), foi marcado por uma sucessão de fatos curiosos na Espanha, onde também são realizadas eleições locais. Um dos destaques aconteceu em Barcelona, em que uma fiscal da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) tirou a camisa e a vestiu de volta ao avesso.
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A atitude da fiscal aconteceu após um representante do partido de extrema direita, Vox, reclamar que ela poderia configurar como propaganda irregular. A camiseta tinha uma mensagem que pedia liberdade para políticos que lideraram o fracassado movimento pela independência da Catalunha em 2016, presos e em julgamento por sedição e rebelião.
O conteúdo da peça de roupa desagradou o fiscal da agremiação de Santiago Abascal. A fiscal do ERC não hesitou e trocou a camisa de lado ali mesmo, flagrada em vídeo que está correndo as redes sociais e foi divulgado pela agência EFE. Confira abaixo:
Outros acontecimentos marcantes também foram registrados
- Votação relâmpago
O dia começou com um clássico de eleições na Espanha : a votação em 70 segundos dos oito eleitores registrados em seção do município de Villarroya, na região de Rioja. Com isso, a seção abriu e fechou as portas em um intervalo de apenas 90 segundos, um recorde para o local.
- Camisa coberta
Já em uma seção de Granada, um eleitor se queixou que a camisa usada por uma mesária, verde e com dizeres em favor da escola pública, poderia configurar propaganda irregular. Após consultas com a Junta Eleitoral local, a presidente da mesa determinou que a mesária “tapasse a camisa ou a colocasse do avesso”.
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Neste caso, a mulher decidiu colocar um casaco para tapar o texto, apesar de afirmar que não a considerava “nenhuma mensagem política”.
- Mesário bêbado
Em Salamanca, por sua vez, um dos mesários chegou para trabalhar embriagado na seção no bairro de Pizarrales e teve que ser substituído por um suplente. A subdelegada do governo de Salamanca, Encarnación Pérez, diz que não houve nenhum grande inconveniente ou atraso na votação com a situação e o mesário se retirou sem causar problemas.
- Amamentação na seção
Em Arahal, na região de Sevilha, Isabel Avilés teve que amamentar seu filho de 10 meses na seção eleitoral na qual atuou como presidente. Avilés contou que apresentou recurso de sua convocação que não foi aceito pela Junta Eleitoral local sob argumento de que a lei só permitiria sua escusa se a criança tivesse até nove meses de idade. Assim, a família levou o menino para ser alimentando na seção enquanto Avilés tomava conta da eleição.
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- Mesa vazia
Além do caso da fiscal chamar atenção, na seção eleitoral de Giner de los Ríos de Parla, em Madri, os três integrantes de uma mesa eleitoral faltaram, o que atrasou o início da votação em 45 minutos.