Cerca de 20% da população da Flórida é formada por imigrantes
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Cerca de 20% da população da Flórida é formada por imigrantes

O Legislativo do estado da Flórida, nos Estados Unidos, aprovou uma lei que proíbe as chamadas "cidades santuário", aquelas que não cooperam com o escritório de imigração, e pediu à polícia estadual que passe a ajudar agentes migratórios a deter estrangeiros sem documentos no país. 

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Aprovada por 68 votos a 45, a lei foi enviada ao gabinete do governador da Flórida , o republicano Ron DeSantis, conhecido por seu rigor contra a imigração ilegal. "Somos um estado mais forte quando protegemos nossos residentes, fomentamos comunidades mais seguras e respeitamos o trabalho dos agentes da lei", disse DeSantis. 

"A polícia local pode e deve trabalhar com o governo federal para garantir que a responsabilidade e a justiça sejam uma em nosso estado", completou. A nova lei exige que as polícias locais e outras agências acatem e respondam às "ordens de detenção migratória" do governo federal, algo que não ocorre hoje porque a polícia ignora a repressão aos imigrantes indocumentados.

A maior organização de defesa dos direitos humanos dos Estados Unidos, a ACLU, emitiu um "alerta de viagens" para o estado, um ponto nevrálgico da imigração latino-americana e epicentro das diásporas de Cuba, Venezuela e Haiti. Cerca de 20% da população da Flórida é composta por imigrantes, mas nas grandes cidades, como Miami e Orlando, este percentual chega a 50%.

Jorge Colina, chefe da polícia de Miami, disse em março à Actualidad Radio 1040 AM que prefiria não ter o trabalho de exigir dos oficiais que verifiquem a origem de uma pessoa antes de ajudá-la.

"Não me importa se alguém tem ou não documentos, de onde veio, quem são seus pais. Este não é o meu trabalho. Meu trabalho é garantir que todos nesta cidade estejam seguros", argumentou. Terrie Rizzo, presidente do Partido Democrata do estado, lamentou que o local se coloque como "um dos primeiros na lista contra os imigrantes do país".

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"Nosso Estado se caracterizava por dar as boas-vindas aos imigrantes buscando um futuro melhor, mas agora se tornou uma máquina de separação de famílias e de deportação", criticou Rizzo.

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