Rússia convenceu Maduro a continuar na Venezuela, diz secretário dos EUA

Segundo Mike Pompeu, presidente venezuelano estava pronto para deixar o país; Guaidó havia afirmado nesta terça que havia recebido apoio militar
Foto: Reprodução/Twitter
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estava pronto para deixar o país na manhã desta terça-feira

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estava pronto para deixar o país na manhã desta terça-feira diante do levante convocado pelo líder opositor Juan Guaidó , disse o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, mas mudou de ideia por intervenção da Rússia.

"Eles tinham um avião no terminal. Ele (Maduro) estava pronto para partir esta manhã, pelo que sabemos, mas os russos indicaram que ele deveria ficar", disse Pompeo em entrevista à rede de TV americana CNN.

No entanto, para o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, a tentativa de derrubar o presidente da Venezuela fracassou. No início da manhã, o líder opositor Juan Guaidó havia transmitido um vídeo da porta da base aérea de La Carlota, em Caracas, afirmando que havia recebido apoio militar para tirar Maduro do governo. 

"A esta hora, os golpistas estão completamente derrotados, fugindo para embaixadas, escondidos, ninguém mostra a cara. Só o imperialismo aparece buscando desculpas", disse Cabello, que também é líder do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

Guaidó, que dez horas antes havia iniciado um levante na base aérea de La Carlota, em Caracas, conclamando os militares a se rebelarem contra Maduro, passou o restante do dia em manifestações pela cidade. Ao fim do dia, no entanto, seu paradeiro era incerto, assim como o do presidente Nicolás Maduro, que passou o dia sem aparecer em público.

O líder opositor Leopoldo López, que ressurgiu da prisão domiciliar para as manifestações com Guaidó, buscou à tarde a embaixada chilena em Caracas onde foi recebido com a mulher e a filha como "hóspedes", lançando sinais de um possível fracasso do movimento.

No início do dia, Cabello fora um dos primeiros a condenar o que classificou como uma tentativa de golpe de Estado. Naquele momento, afirmou que sargentos da Guarda Nacional Bolivariana e agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) foram levados enganados até Altamira. Segundo rumores, foram os funcionarios do Sebin que atenderam à ordem de Guaidó e permitiram a saída de López.

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Cabello, então, convocou os venezuelanos a se concentrarem diante do Palácio de Miraflores para apoiar Maduro. À trade, ironizou no Twitter. "Senhores opositores: outro engano mais, os enganaram com datas e nomes, falaram em operaçao liberdade, que coisa mais sublime: a liberdade. Mas ocultaram que se tratava apenas da liberdade do assassino fascista Leopoldo López. Que pena!"

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