Ex-presidente de Cuba, Raúl Castro ataca chantagem dos EUA com Venezuela

Líder cubano acredita que Estados Unidos estão repetindo as ações que tiveram em Cuba na Venezuela e que a chantagem não vai lhe ganhar

Foto: AP
Raúl Castro defendeu o atual governo da Venezuela e atacou os Estados Unidos


Em um momento de crescente hostilidade dos Estados Unidos pelo apoio de Havana à Venezuela, o primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC), Raúl Castro, aproveitou seu discurso na Assembleia Nacional para mostrar seu apoio ao seu maior aliado, o presidente venezuelano Nicolás Maduro, que vem sendo cada vez mais pressionado pelos Estados Unidos a renunciar ou ser destituído . 

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Raúl proclamou nesta quarta-feira a nova Constituição, que apoia um socialismo “irrevogável”, embora com abertura para o mercado e falou da relação do seu país com a Venezuela .

"Jamais abandonaremos o dever de agir em solidariedade com a Venezuela. Não renunciaremos a nenhum dos nossos princípios e rejeitaremos fortemente qualquer forma de chantagem", disse o líder cubano .

Segundo Raúl Castro , o governo venezuelano e o povo chavista estão escrevendo “páginas maravilhosas de resistência”. Na semana passada, Washington sancionou 34 navios de propriedade e operados pela petrolífera estatal venezuelana PDVSA e outras duas empresas que fazem o transporte de petróleo entre os dois países.

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Raúl lembrou que o tom dos governantes dos Estados Unidos é cada vez mais ameaçador à medida que tomam medidas progressivas para deteriorar as relações bilaterais. Mas advertiu que Cuba não voltará atrás:

"O atual governo dos Estados Unidos e sua ambição hegemônica em relação à região representam a ameaça mais urgente das últimas cinco décadas à paz, segurança e bem-estar da América Latina e do Caribe. Não renunciaremos nem a um só de nossos princípios. Deixamos o governo dos EUA saber que Cuba não tem medo e continuará a construir o futuro da nação sem interferência estrangeira", defendeu.

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O líder cubano disse ainda que o aumento da guerra econômica e o fortalecimento do bloqueio perseguem o velho desejo de derrubar a Revolução Cubana por meio de sufocamento e dificuldades,  “o que já fracassou e fracassará novamente”:

"Culpam Cuba por todos os males, usando mentiras no pior estilo de propaganda de Hitler", acusa Raúl Castro, citando que a Venezuela pode ser tratada da mesma maneira.