O governo de Moçambique anunciou a implementação de um pacote de medidas no país com o objetivo de reduzir os impactos sociais, materiais e econômicos decorrentes da passagem do ciclone Idai. A tempestade deixou 468 mortos, mais de 1,5 mil feridos e centenas de desaparecidos no país.
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Entre as medidas anunciadas para mitigar os efeitos do ciclone Idai estão a redução de taxas em eletricidade e transportes e assistência médica gratuita, além de uma campanha de vacinação contra a cólera – que já regista mais de 130 casos na cidade de Beira. As medidas serão implantadas até o fim do ano.
"Conscientes dos danos humanos, materiais e financeiros causados por este desastre natural, o meu governo, no quadro da lei de calamidades naturais, aprovou um pacote de medidas iniciais que irão mitigar impactos nos setores sociais e econômicos nas áreas afetadas", disse o presidente de Moçambique , Filipe Nyusi, nesta quinta-feira (28).
O valor da fatura de eletricidade da indústria e comércio será reduzido pela metade. Nos transportes ferroviários, o governo moçambicano também vai reduzir em 50% as tarifas para os passageiros nas linhas de Sena e Machipanda, que atravessam a região central do país. O transporte de de materiais de construção também terá o mesmo desconto de 50%.
O governo decidiu redistribuir livros e cadernos escolares para os estudantes afetados pelos estragos do ciclone. Os agricultores, por sua vez, vão se beneficiar de uma distribuição gratuita de mil toneladas de sementes, além de 100 mil utensílios agrícolas.
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Com as operações de salvamento chegando ao fim, o foco do governo agora é providenciar ajuda humanitária às famílias afetadas, com destaque para a prestação de cuidados de saúde, alimentação, abrigo e saneamento.
De acordo com Filipe Nyusi, as instituições nacionais e internacionais vão trabalhar "para otimizar os recursos disponíveis de forma transparente para que cheguem aos que realmente necessitam". O chefe de Estado também afirmou que o governo moçambicano vai trabalhar com uma agência internacional para a gestão dos recursos destinados às vítimas do ciclone.
Esta semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que a comunidade internacional envie mais ajuda humanitária para áreas devastadas. O Brasil envia nesta sexta-feira (29) equipes de resgate, equipamentos para auxiliar os trabalhos e medicamentos para as vítimas do ciclone Idai .
*Com informações da Agência Brasil.