Em meio ao fechamento de fronteiras para impedir a ajuda humanitária na Venezuela, o Nicolás Maduro vai perdendo força. Até o começo desta segunda-feira (25), mais de 160 militares abandonaram o presidente e desertaram pelas fronteiras do país bolivariano com a Colômbia e o Brasil. A tendência é que o número aumente, sobretudo após declarações do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que afirmou que os apoiadores de Maduro serão responsabilizados.
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De acordo com o governo de Roraima, apenas seis militares da Guarda Nacional Bolivariana deixaram seus postos e fugiram para o estado Brasileiro. A maioria, pelo menos 156, fizeram o mesmo pela fronteira venezuelana com a Colômbia, nas cidades de Norte Santander e Arauca. Em suas defesas, os guardas dizem que não concordam com as medidas de Nicolás Maduro em recusar ajuda humanitária no país.
A Venezuela vive um momento crítico, com a população não conseguindo produtos básicos de sobrevivência, como alimentos, medicamentos e itens de higiene pessoal. Diante da situação e em oposição a Maduro, países vizinhos, como Colômbia e Brasil, pretendiam enviar caminhões com mantimentos, o que motivou o fechamento da fronteira pelo governo venezuelano.
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A ajuda humanitária foi um pedido de Juan Guaidó , líder do parlamento venezuelano e autodeclarado presidente da Venezuela. O principal opositor de Maduro tem o apoio de outros presidentes, como Donald Trump (EUA) e Jair Bolsonato (Brasil).
Com os apoios, a tendência é que mais militares abandonem a Guarda Nacional Bolivariana e peçam exílio no Brasil e na Colômbia. Em discurso nesta segunda-feira (25), o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse que os guardas qe se manterem ao lado de Maduro nesse momento serão responsabilizados pelos problemas no país. Além disso, o líder garantiu a anistia aos militares que desertarem.
O último sábado foi marcado por uma situação muito tensa nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Colômbia. O regime de Maduro bloqueou as entradas do país, impedindo a passagem da ajuda humanitária. Manifestantes tentaram possibilitar a entrada das doações e entraram em confronto com as Forças Armadas da Venezuela, principalmente após dois caminhões serem incendiados depois de saírem da Colômbia.
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O presidente Nicolás Maduro é contrário à entrada de ajuda humanitária na Venezuela. Ele acredita que isso pode abrir as portas para uma intervenção externa — principalmente dos Estados Unidos — na política venezuelana. Maduro usa militares e paramilitares chavistas para impedir essa entrada.