Investigado pela Operação Lava Jato, o doleiro pernambucano Bruno Farina, de 59 anos, foi preso no Paraguai pela Interpol, nesta quinta-feira (27). As informações são do Ministério do Interior paraguaio. Ainda segundo as autoridades do país, Farina deve ser expulso do território paraguaio ainda hoje.
O doleiro já era alvo de uma ordem internacional de captura por causa das investigações da Operação Câmbio Desligo , o desdobramento da Lava Jato que desmembrou uma complexa rede de corrupção envolvendo doleiros em diversos estados brasileiros.
A Operação Câmbio Desligo, deflagrada em junho deste ano, desarticulou um esquema de compra e venda de dólares no País. O movimento envolvia doleiros em vários estados, empresas e funcionários públicos.
Na época, o Ministério Público Federal denunciou 62 pessoas. Entre os denunciados estão o ex-governador Sérgio Cabral e o doleiro Dario Messer. O grupo é acusado de formar uma organização criminosa, que promoveu evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
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No Brasil, Bruno Farina é acusado de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e evasão. Segundo o Ministério do Interior do Paraguai, Farina é sócio de Dario Messer, chamado pelo Ministério Público Federal brasileiro de "doleiro dos doleiros". A condenação pode chegar a 30 anos de prisão.
O brasileiro foi detido na área do Paraná Country Club, em Hernandarías, cidade paraguaia onde fica a usina hidrelétrica de Itaipu, segundo informações de agentes policiais à imprensa do Paraguai .
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Nos últimos dias, diversos homens que são procurados no Brasil foram presos no Paraguai, inclusive alvos da Lava Jato
. Em outubro, as autoridades paraguaias disseram estar determinadas na captura dos investigados no Brasil que fogem para o país.
* Com informações da Agência Brasil.