Cerca de 700 pessoas já foram detidas na França neste sábado (8) durante um protesto dos "coletes amarelos" contra as políticas econômicas do presidente francês , Emmanuel Macron. Manifestantes entraram em confronto com a polícia em Paris, onde 481 foram detidas até o momento.
Em todo país, pontos turísticos como a Torre Eiffel e o Museu do Louvre estão fechados por conta das manifestações. Nos arredores do Arco do Triunfo, um grupo de cerca de 1,5 mil foi cercado por forças policiais. Gás lacrimogêneo foi disparado contra manifestantes em diversos pontos da capital da França , como nos arredores do palácio presidencial.
À cette heure à Paris, nous avons procédé à 481 interpellations et 211 personnes sont placées en garde à vue. #8Décembre pic.twitter.com/tKK4VxEhBP
— Edouard Philippe (@EPhilippePM) 8 de dezembro de 2018
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Cerca de 89 mil agentes de segurança foram escalados para evitar novos atos de violência no país. Manifestantes também bloqueiam a fronteira com a Itália na cidade de Ventimiglia. O lado italiano já registra um congestionamento de seis quilômetros, uma vez que nenhum carro consegue cruzar a divisa.
"Estamos no local para tentar gerir a situação de maneira equilibrada", declarou o delegado Cesare Capocasa. A manifestação reúne cerca de 100 "coletes amarelos", que chegaram à fronteira em motos e scooters. O movimento é simbolizado pelo colete fluorescente que é item de segurança obrigatório para todos os motoristas franceses e questiona as políticas de Macron , sobretudo para combustíveis.
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No último sábado, 1º de dezembro, 206 manifestantes foram presos e cerca de 400 pessoas ficaram feridas no ato. As ações dos manifestantes por toda a França começaram há três semanas, em razão do anúncio de que haveria aumento nos impostos sobre combustíveis, em especial do diesel. A medida, que iria passar a valer a partir de 1º de janeiro, foi adiada por Philippe, mas os protestos contra o governo continuaram.
* Com informações da Ansa