Entre os problemas enfrentados pela Igreja Católica , os casos de abuso sexual são os que mais têm dado “dor de cabeça” ao líder religioso papa Francisco. No mês passado, em visita à Irlanda, ele reconheceu que a Igreja fracassou na luta contra a pedofilia . Já neste final de semana, um padre chileno foi expulso por possível envolvimento em abuso sexual de crianças.
Segundo reportagem publicada no jornal El Mercurio, o padre chileno Cristian Precht está sendo investigado em um caso de abuso sexual infantil, e por isso o papa Francisco decidiu exonerar o reverendo, como informou a Arquidiocese de Santigo,
Brecht, de acordo com a imprensa internacional, era um ex-chefe do grupo de direitos humanos do Vicariato de Solidariedade. Na década de 80, esse mesmo grupo desafiou o ex-ditador Augusto Pinochet a acabar com a prática de tortura no Chile. Porém denúncias que ocorreram desde 2012 passaram a colocar em cheque a fama de Precht.
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A decisão do papa vem em meio a operações da polícia chilena em escritórios da Igreja em todo o país para investigar possíveis novos casos de abuso sexual. As autoridades buscam também descobrir que funcionários ocultaram casos de abuso.
Em abril, o padre expulso da Igreja Católica negou ter participado de qualquer caso de abuso sexual. Na carta publicada pelo jornal “La Tercera”, ela diz ainda que as acusações são calúnias.
Comunicado sobre padre chileno
"O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Luis F. Ladaria, notificou hoje o arcebispo de Santiago, que, com data de 12 de setembro do ano em curso, o santo papa Francisco decretou, de forma inapelável: a demissão do estado clerical 'ex officio et pro bono Ecclesiae' e a dispensa de todas as obrigações unidas à sagrada ordenação do reverendo Cristián Precht Bañados.
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"O mesmo decreto estabelece que o bispo comunique rapidamente a nova situação canônica do afetado ao povo de Deus", diz comunicado da Arquidiocese de Santiago sobre o padre chileno publicado neste final de semana.